“Nem só o governo resolve e nem só os empresários resolvem”, diz Alessandro
Por Joedson Telles
Salientando ser comprovado cientificamente que o isolamento social se faz necessário, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) observou, nesta quarta-feira, dia 20, que não se pode confundir distanciamento social com uma imposição eterna de restrição à liberdade sem que se apresente nenhum tipo de horizonte ou esperança de recuperação das atividades produtivas.
“É possível fazer muito mais e melhor do que está sedo feito, mas desde que você atue de forma coordenada – e com humildade para ouvir todos os atores envolvidos: nem só o governo resolve e nem só os empresários resolvem. Tem que ser todos juntos, com esforço, para que possamos reabrir Sergipe com segurança e com qualidade técnica”, diz o senador.
Alessandro lembrou que apresentou, em Sergipe, essa semana, uma sugestão de protocolo para atendimento à saúde e retomada das atividades produtivas de forma controlada – o chamado Plano de Distanciamento Social Controlado. Através da ideia, explica Alessandro, haveria uma divisão das possibilidades de reativação de algumas atividades e de outras não.
“Sempre baseado em um trabalho técnico conduzido pela Universidade Federal de Sergipe, através de testagem por amostragem por região, onde você teria essa conjugação de duas variáveis básicas: capacidade hospitalar e indicador de crescimento de contágio. Tem o contágio baixo ou médio e tem capacidade hospitalar alta, você pode ter alguma liberação. Quando você tem os dois indicadores no vermelho – ou seja, temos baixa capacidade hospitalar e alto indicador de contágio – aí você tem que restringir bastante a circulação”, explica o senador.
Ministro da Saúde
De acordo com o senador Alessandro Vieira, é um erro muito grave não apenas o Brasil está sem um ministro da Saúde técnico, mas também as duas substituições na pasta acontecerem em plena pandemia. O mais grave, contudo, destaca o senador, é confundir o que deve ser uma atuação técnica, sóbria com uma atuação que é basicamente política. Ou seja, a busca eterna por uma desculpa, um remédio mágico.
“Nós estamos acompanhando esta questão do novo protocolo, que será divulgado para o emprego da cloroquina. Caso você tenha algum tipo de excesso, ou seja, caso se tente fazer receita médica através de decreto, de regulamento, a gente vai tomar as providências cabíveis para evitar que isso aconteça. Se for apenas uma logística de distribuição, respeitando a decisão lá na ponta do médico e do paciente, acredito que não tenham maiores problemas”, explica o senador.