Especulação em trono de candidatura do PT em Aracaju preocupa deputado
Nesta quinta-feira, dia 25, ao comentar a especulação em torno de o PT ter candidato próprio a prefeito de Aracaju, em 2020, o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) não apenas defendeu a manutenção da aliança que apoiou a eleição do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B), em 2016, como também alertou que um racha pode ser sinônimo de derrota para todo o agrupamento, e, consequentemente, o início do fim.
“Eu não entendi a necessidade de rachar o grupo. O importante é que se dialogue, se há alguma divergência, porque o risco que a gente tem de rachar o grupo é não ganhar nem um e nem outro. A gente tem que ter maturidade para dialogar e chegar num consenso. Eu tenho uma amizade por muitas pessoas do PT, mas nunca escondi de ninguém que tenho um compromisso político com Edvaldo desde que eu era vereador”, afirmou.
Fábio ratificou que acha Edvaldo Nogueira um excepcional gestor, que trabalha o foco em Aracaju como ninguém e foi muito correto na reeleição de Belivaldo Chagas (PSD) ao Governo do Estado. Também reconheceu que é legítimo qualquer partido ter candidato a prefeito, mas gostaria que houvesse calma para que as coisas aconteçam de forma correta.
Sobre a discussão de uma possível vaga de candidato vice-prefeito, para o PSD, na suposta chapa a ser encabeçada por Edvaldo Nogueira, o deputado assegurou que não está preocupado com discussão. Fábio, contudo, observou que todo partido deseja disputar uma eleição.
“Mas o assunto deve ser discutido no período correto. Eu não posso premiar quem coloca a faca no pescoço. Dar a vez ao partido, seja lá qual for, porque colocou a faca no pescoço e outro que não está botando pressão não precisa dar a vaga. No PSD bateu levou no mesmo dia. Eu não estou falando especificamente do PT, mas que a relação conosco não é de exigir a vice. Temos interesse de conversar, mas a vaga de vice não é a condição de apoiar Edvaldo. Eu sou aliado porque concordo com a gestão”, frisou.
Para Fábio Mitidieri, não é correto participar da gestão municipal, ter secretaria e querer se voltar contra o prefeito. “Em nome dessa boa relação do agrupamento, que foi construída lá atrás com Marcelo Déda, eu espero que haja unidade. Agora, eu enquanto PSD tenho minha forma de ver as coisas”, disse.
PSD
O parlamentar ainda disse que há uma busca incansável de fortalecimento para a legenda por entender que a nova legislação requer uma melhor estruturação sob pena do partido não sobreviver às eleições. “Com o fim das coligações ninguém se elege se apoiando nos outros. Tem que construir. Nossa objetivo é ter 50 diretórios municipais com candidato a prefeito ou vice-prefeito. O partido que só tem cacique não sobrevive”, enfatizou.
Do Universo, com informações da 103 FM