Por Joedson Telles
Antes de emitir qualquer juízo de valor, esquivei-me do açodamento e aguardei, pacientemente, mais de 24 horas por uma nota do senador Eduardo Amorim e do líder André, rechaçando um suposto “apoio” do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, às pretensões eleitorais óbvias para 2018. O anúncio partiu do próprio Sukita, que, como todos sabem, recentemente classificou o líder André e o senador Eduardo como assaltantes publicamente. Agora, cinicamente, fala em dividir palanque. Nojenta. Asquerosa. Repugnante. Degradante. Baixa… O dicionário não consegue precisar o significado negativo de uma suposta aliança desta aos olhos de quem tem caráter. Vergonha na cara. Permite-se ao respeito.
Prefiro acreditar que tanto o líder André quanto o senador Eduardo Amorim não emitiram notas, não se apressaram a conceder entrevistas rechaçando Sukita, de pronto, por entenderem que ele sequer merece resposta. Mas não vão caminhar ao ladinho do desafeto algoz a pedir voto ao eleitor.
Inclusive porque o próprio Sukita, acossado pelo radialista George Magalhães, na Fan FM, na última segunda-feira 15, disse em bom tom que não estava arrependido. Covarde, subestimando inteligências (seu ponto “forte”, aliás) até tentou justificar as graves acusações à subserviência ao ex-governador Jackson Barreto.
Bolas! Acreditar que Sukita propagou que André e Eduardo são ladrões porque Jackson Barreto mandou, mas que ele, Sukita, não pensa isso deles é o fim da picada. Haja ingenuidade para digerir.
Quer dizer, então, que se Jackson Barreto mandasse, na mesma época, Sukita afirmar, por exemplo, que os honrados, idôneos magistrados de Sergipe são assaltantes ele semearia o aleive irresponsavelmente? Colocaria em xeque a honra dos sérios juízes sergipanos por mera obediência ao aliado político? Duvido. Pagaria pra ver.
Aliás, se Sukita cometesse um ato insano deste, não tenham dúvida: seria devidamente processado e, sem sombra de dúvidas, condenado. Estaria, hoje, na cadeia ou num hospital de custodia. Longe da política.
Dificilmente, uma pessoa séria deixa de colocar a sua honra acima de qualquer coisa. Não tem cargo, eleição, acordo político, voto, dinheiro… Nada. A reputação é sempre sagrada.
Ainda há tempo, a propósito, para o líder André e o senador Eduardo não apenas rechaçarem a suposta aliança, rejeitando Sukita publicamente em nome do amor próprio, da ética e da moralidade como também, se ainda não o fizeram, levá-lo às barras da Justiça, aumentando a sua lista de processos.
Que história é essa de assaltante? Quadrilha? Quando não se é ladrão, uma acusação desta não pode ficar no ar. Atinge a alma. Ferre inclusive a família. Ainda que Sukita fosse dono de 100% dos votos de Sergipe, distância e Justiça são os vocábulos. Eleição se perde e se ganha. Já a honra, perdeu, já era.
P.S. Vai uma heineken canela de pedreiro que se não fosse, miseravelmente, descartado por Valadares e, posteriormente, por Jackson e aliados, Sukita estaria fazendo oposição raivosa ao líder André e ao senador Eduardo?