Por Joedson Telles
O prefeito João Alves Filho vem lamentando em todos os setores da mídia que lhe dão espaços o fato de haver uma barreira na Adema, justa ou não, impedindo-o de tomar providências que há séculos Aracaju espera. Evidente que aqui não vai nenhum desrespeito aos ambientalistas – entre eles o senhor Genial Nunes, de longe o que mais inferniza a vida do prefeito, quando o assunto é a invasão da água na 13 de Julho. Porém, por bom senso, caberia o raciocínio lógico: se com a ausência da obra estamos a correr riscos, porque atrasá-la por conta dos tais estudos ou qualquer outro motivo de menor importância que uma tragédia anunciada?
Acredito que uma possível solução para casos como este, seria obrigar pessoas que travam a solução, para o bem comum, a assinar algum documento assumindo a responsabilidade por quaisquer danos que a burocracia pudesse causar. Seja físico ou material. Isso, no mínimo, jogaria luz sobre essa hipótese de se estar ou não politizando a questão. Ou seja, havendo risco, acredito que ninguém ousaria usar da insensatez de arriscar a própria pele. Alvejar o próprio pé.
Mas em sendo mera implicância a serviço de alguém, falta de sensibilidade ou de preparo para encarar a questão ou, simplesmente, à procura do célebre minuto de fama, a máscara estaria no chão. A menos que a ululante insanidade chegasse ao ponto de se ter discernimento sobre a tragédia anunciada, mas não se levar muito isso em conta. Moral da história: ou há exagero no rigor ou irresponsabilidade mesmo.