Presidente do PSTU, a professora Vara Lúcia repudiou veemente não apenas a demissão de 1,3 mil operários, mas também o fechamento das três fábricas da Vulcabrás Azaléia em Sergipe. Segundo ela, a na busca de manter a sua taxa de lucro, a empresa opta por demitir 1,3 mil pais e mães de famílias. “Os empresários gananciosos sempre colocam o lucro acima da vida dos trabalhadores. Se a fábrica não está gerando lucro como antes fecha e demite, sem preocupação nenhuma em saber como os trabalhadores sobreviverão”, ajuíza Vera Lúcia, salientando que a política adotada pela Vulcabrás Azaléia revela a irresponsabilidade da política de incentivos fiscais dos últimos governos.
“Garante um conjunto de benefícios às empresas como atrativo para as suas instalações em Sergipe sem exigir nada em troca. As empresas chegam, utilizam os incentivos públicos – cedidos na maioria das vezes através de isenção de impostos e recursos dos bancos públicos como Banese e Banco do Nordeste e oferta de mão de obra barata e abundante – e quando não lhe interessam mais, partem deixando milhares de trabalhadores desempregados e diminuindo a atividade comercial nos municípios onde estavam instaladas”, disse.
Vera ajuizou ainda não acreditar que o governador Jackson Barreto não tem como resolver o problema. “Pura mentira e traição, pois é dever do Estado garantir a sobrevivência desses trabalhadores, bem como apresentar medidas concretas que tenham por objetivo a manutenção dos empregos. O governador poderia estatizar as três fábricas, utilizar a mão de obra existente, garantindo os empregos e mantendo o comércio dos três municípios em movimento”, disse.
Segundo Vera Lúcia, o governador Jackson Barreto não estatiza as três fábricas porque sua opção é favorecer empresários, que estão preocupados apenas com o lucro. “De acordo com o governador, a política será aumentar os incentivos e buscar parcerias com outras empresas que queiram utilizar a estrutura das três fábricas fechadas pela Vulcabrás Azaléia. Isto é, a política do governador é garantir dinheiro público para uma empresa privada, que assim como a Vulcabrás Azaléia, vai sugar o que pode e depois vai embora. Isso demonstra que o compromisso do governador não é com os trabalhadores, e sim com os empresários, os gananciosos que investem milhões nas campanhas eleitorais e depois recebem em troca medidas favoráveis a manter seus bolsos cheios de dinheiro.”
Do Universo, com informações do PSTU