Por Joedson Telles
Na manhã desta segunda-feira, dia 11, políticos e militantes do PSB e PSD lotaram a sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease) para oficializar uma aliança política entre as duas legendas, visando fortalecer o projeto de pré-candidatura do deputado federal Valadares Filho (PSB) a prefeito de Aracaju, nas eleições deste ano. O evento foi considerado como o primeiro passo para aglutinar as forças de todo o agrupo político liderado pelo governador Jackson Barreto (PMDB) em torno do projeto Valadares Filho.
“É um momento importante para o nosso projeto de renovação de Aracaju. O projeto vem se consolidando cada vez mais e hoje recebemos este imenso reforço, o PSD. Um partido forte que cresce a cada eleição e vai junto conosco continuar dialogando com o arco de aliança que pertencemos e fazendo o nosso programa de governo ao lado da sociedade”, disse Valadares Filho.
O próximo passo dos dois partidos, agora, é não apenas tentar convencer o ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) a desistir da sua pré-candidatura também a prefeito de Aracaju como também persuadir o governador Jackson Barreto a não lançar candidato próprio. “Além deles, o PRB, o PDT todos que fazem parte da aliança são importantes. Sempre defendi a unidade. Acho de suma importância para que possamos ter um novo projeto para Aracaju”, disse o pré-candidato apostando na sintonia com a modernidade para, em sendo o próximo prefeito de Aracaju, enfrentar a crise.
“É termos a sensibilidade de construir uma equipe sintonizada entre si, sabendo os anseios da sociedade, com vontade de acertar e com energia de trabalhar. Não podemos ter um governo sem planejamento como temos hoje. Uma equipe desunida. Cada secretário cuidando da sua pasta e não tendo planejamento para o futuro. Nem os serviços básicos a atual gestão está conseguindo realizar. Está faltando comando e gestão. Aracaju precisa do novo momento”, disse Valadares Filho.
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB) disse que houve o compromisso entre dois partidos com responsabilidade de estabelecerem metas para a construção de uma nova Aracaju. “A cidade se recente de vários serviços que estão sem a devida prestação e a população cobrando. Os partidos devem se mobilizar para apresentar alternativas. Foi o que fizemos hoje. Não se trata de falar em 2018, 2022… Falamos do Aracaju do futuro. Devemos contribuir debatendo com a comunidade as saídas mais viáveis para os problemas que estamos vivenciando”, disse o senador.
O presidente do PSB de Aracaju, o ex-vereador Elber Batalha Filho, observou que a aliança é a consolidação de um projeto de alternativa para a eleição de Aracaju, já que Valadares Filho é o pré-candidato mais forte do ponto de vista eleitoral e articulação política. “E tem a dinâmica de mesclar de forma interessante a juventude de vários políticos, a exemplo de Valadares Filho, com a experiencia de grandes nomes, como o senador Valadares. E o PSD tem também esta mescla. A política precisa de alternativas sérias. De outros tipos de articulação. Nesta aliança não tem troca de cargos. Negociações outras. Dois jovens políticos se unem e presentam alternativa à má gestão de João Alves”, disse Elber.
PC do B e Edvaldo
O deputado federal Fábio Mitidieri, presidente do Diretório de Aracaju do PSD, garantiu que a decisão do partido, que não exigiu nada pelo apoio, não cria um clima de desgaste junto ao governador Jackson Barreto, que ainda não se posicionou sobre as eleições de Aracaju. “Não houve mal estar. Pelo contrário: são dois aliados do governador que tomaram uma decisão na municipal. E o governador vai tomar sua decisão no tempo certo. Quem antecipou fomos nós”, disse explicando que isso dará mais tempo para que o projeto seja debatido com a sociedade.
Fábio Mitidieri explicou que o PSD também estava discutindo se daria seu apoio ao pré-candidato pelo PC do B, o ex-prefeito Edvaldo Nogueira. “Gosto muito de Edvaldo. Fui secretário dele e fiz muitos convites para ele se filiar ao PSD (e ter a legenda para disputar a eleição), mas ele não aceitou. Eu disse que teria muita dificuldade de acompanhá-lo no PC do B. Nada contra o partido. Mas agente tem dificuldade em optar pelo PC do B por entender que é um partido muito radical de esquerda. Tem uma ideologia que não bate com a nossa do PSD. Por questão de afinidade de partido, a gente entendeu que não deveria apoiá-lo dentro do PC do B”, disse.