Com o título “Quem não deve não teme”, o deputado federal André Moura (PCS-SE) publicou texto pessoal em sua página do Facebook, nesta quinta-feira, dia 23, onde afirma ter sido alertado desde o início desta semana por colegas no Congresso Nacional e através da imprensa sergipana quanto a uma suposta “campanha insidiosa de pessoas ligadas ao PT”, cujo objetivo seria tentar intimidar o parlamentar por causa do apoio empenhado por ele ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDJ-RJ), e especialmente pela sua atuação como sub-relator da CPI da Petrobras.
Na terça-feira, dia 21, André Moura apresentou requerimentos solicitando três acareações na comissão: entre a presidente da República Dilma Rousseff e o doleiro Alberto Youssef; entre o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante e o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC; e entre o ministro da Comunicação Social Edinho Silva e Ricardo Pessoa. “Os pedidos provocaram uma reação raivosa do Palácio do Planalto”, afirmou o líder do PSC na Câmara dos Deputados.
Hoje pela manhã, interpelado pela Ilha FM se temia a artilharia do Palácio do Planalto e um suposto levantamento sobre a vida dele jurídica, que estaria em curso e teria sido confirmado por um parlamentar de Sergipe aliado do governo e também por órgãos de imprensa sergipanos, André Moura disse nada ter a temer. “Prosseguirei nesta minha missão de ajudar a colocar o país a limpo e punir os malfeitos contra a Petrobras, e o faço ciente de poder ser vítima de perseguições, mas não me intimidarei, até porque eu nada tenho a temer”, enfatizou.
O parlamentar sergipano ainda fez um desafio e um alerta: “Podem vasculhar a minha vida o quanto quiserem. Fiquem à vontade. Como homem público há mais de 20 anos, sempre enfrentei grandes desafios e venci a todos. Meu mandato, como Sergipe inteiro sabe, foi conquistado com muita, muita luta mesmo, mas graças a Deus e à generosidade do nosso povo, estou em Brasília, exercendo a missão a mim confiada. No entanto, caso eu ou algum membro de minha família venha a sofrer qualquer tipo de ação para tenta impedir meu trabalho, minha atuação parlamentar, vocês já sabem a quem responsabilizar.”
Na mesma entrevista, André Moura disse que estava na capital federal trabalhando, mesmo com a Câmara dos Deputados em recesso. “Ontem (quarta-feira, 22), me reuni com o presidente Eduardo Cunha para tratar da agenda do próximo semestre: a votação em segundo turno da redução da maioridade penal e dos pontos que não foram analisados na votação em segundo turno da minirreforma política, e o projeto do novo pacto federativo, que também terá seguimento a partir de agosto, com vista a garantir mais recursos financeiros para Estados e municípios, hoje vivendo uma completa situação de penúria, de quebradeira mesmo”, concluiu.