Por Joedson Telles
Depois de perder as fichas apostadas no então candidato derrotado a governador, Rogério Carvalho, o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, pode estar cavando mais uma derrota política; desta vez de cicatrização bem mais complicada.
Refiro-me à fiscalização prescindível que Valmir vem fazendo à gestão Adailton Sousa. Segundo aliados dos dois políticos, Valmir anda com uma lupa procurando erro onde não existe e emitindo juízos de valores que não edificam o projeto.
Leal a Valmir, Adailton Sousa, que, inegavelmente, faz um boa administração, por certo, não deve confirmar que anda sufocado, mas, as pessoas mais próximas dos dois políticos já perceberam o óbvio incômodo.
Adailton sequer cogitou romper. Todavia, como todo ser humano tem limite, pode, sentindo-se pressionado, renunciar a Prefeitura de Itabaiana. Até porque, Valmir não está levando em consideração o momento vivido pelo aliado.
Como é de conhecimento de todos, Adailton, recentemente, fez uma cirurgia delicada e, obviamente, seu médico o alertou para a necessidade de evitar stress, contrariedade, raiva.
A receita oferecida zero 800 por Valmir, obviamente, não faz bem a Adailton – e deve incomodar e, sobretudo, preocupar a sua família, que entre a saúde e a política, certamente, ficará com a primeira opção. Dito de outra forma: a família de Adailton pode incentivá-lo a renunciar.
Valmir, que passa a ideia de que tenta construir uma “justificativa” para ser o candidato a prefeito de Itabaiana, em 2024, descartando, assim, Adailton sentado na cadeira de prefeito, não parece acreditar na possibilidade de renúncia.
Mas deveria. Até porque, se isso acontecer, o próprio Valmir deixará de ter um fiel aliado como prefeito para ter um adversário: Neném de Verso. Uma pessoa ligada, hoje, ao também opositor a Valmir, o deputado estadual Luciano Bispo. Se a boa gestão, a fidelidade e a saúde de Adailton não persuadiram Valmir, até agora, a possibilidade de fortalecer os adversários talvez lhe sirva como despertador.