Por Joedson Telles
Escuto num programa de rádio a grita de um trabalhador que prestou serviços para uma então candidata, nas eleições 2022, forneceu a nota fiscal, mas, segundo ele, não recebeu o pagamento. Em curtas palavras: levou o chamado calote.
Lamentavelmente, a prática está mais para regra que exceção. Há uma cultura de candidatos sem escrúpulos ludibriarem quem trabalhou, usando o suado dinheiro do contribuinte destinado às campanhas para outros fins. Contribuinte, aliás, que, em sua maioria, sequer acompanha o destino dos seus impostos.
A princípio, fica a impressão de que existe uma falha imperdoável a residir nos órgãos fiscalizadores. Mas não.
É claro que sempre é possível apertar mais os desonestos. Quem tem como missão combater o crime precisa se reinventar a todo o momento. Todavia, há um inegável trabalho sério para coibir a imoralidade. Os fatos mostram isso.
Mas os dados espelham também que faltam denúncias acompanhadas de provas para municiar o órgão fiscalizador. Em muitos casos, não há sequer a denúncia, algo que, evidentemente, dificulta muito a ação de combate.