Por Joedson Telles
Leio num site de Minas Gerais que, em Belo Horizonte, um policial matou um cachorro com dois tiros, alegando legítima defesa. Segundo ele, solto na rua, o cão o atacou e a sua cadela e não houve outra forma de contê-lo. O dono do animal, que estava num supermercado próximo ao local da cena, por sua vez, alega que não houve ataque. A polícia investiga o caso…
Penso que os legisladores já deveriam ter elaborado um Projeto de Lei que assegure, verdadeiramente, uma pena justa aos donos de cães que expõem animais e pessoas nas ruas. Não é aceitável que tutores saiam às ruas com os animais, assumam riscos, aconteçam lesões corporais ou mesmo óbitos e a conta continue sendo paga pelo animal ou por uma vítima dele. É preciso fisgar os verdadeiros responsáveis.
O caso de BH, apesar de ainda carecer do desfecho da investigação, serve de base. Segundo o site que trouxe a notícia, o dono levou o cão à porta do supermercado, o amarrou e entrou no estabelecimento. O animal se soltou e aconteceu o pior. Ou seja, se o animal estivesse em casa ou na rua devidamente controlado pelo seu tutor, certamente, estaria vivo.
Jamais será correta a atitude de matar um animal. Mas é evidente que não se pode, simplesmente, ver o policial como um assassino frio. Condená-lo de forma açodada. Quem nunca foi atacado por um cão feroz nas ruas, agradeça a Deus. Mas, se acontecer, pode ter certeza: qualquer um usa o que lhe for possível no momento de aflição para se defender. Somos humanos.