O combate e o controle contra o mosquito Aedes aegypti fazem parte de uma força tarefa desempenhada pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com o apoio de outros órgãos municipais, na luta contra as doenças transmitidas pelo mosquito.
Na elaboração, planejamento e execução das ações, a população também está inserida para vigilância e apoio aos trabalhadores que, diariamente, frequentam as residências. De janeiro até novembro deste ano, os agentes de endemias realizaram 543.444 visitas domiciliares e percorreram todos os bairros da capital.
Durante as visitas, os profissionais inspecionaram os principais criadouros do Aedes aegypti nos depósitos de armazenamento de água, para orientar aos moradores e, caso necessário, é realizada a aplicação dos larvicidas. Geralmente, os criadouros são locais e objetos muito comuns no dia a dia da família, já que para o desenvolvimento do mosquito, basta existir qualquer espaço que acumule água parada, a exemplo de lavanderia, tonel, caixa d’água, vaso, prato de planta, entulho e resíduos sólidos em quintais, dentre outros.
De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti da SMS, Jeferson Santana, nos últimos 11 meses, 257 pessoas que estavam em casa recusaram a visita dos agentes de endemias. Por outro lado, das 543.444 residências visitadas, 175.532 estavam fechadas, porém os profissionais retornaram em outras ocasiões e conseguiram concluir a inspeção em mais 4.941 lares.
“Este ano de 2023 foi de muito trabalho. Em todos os meses, fizemos ações importantes, desde janeiro até o momento, e os agentes de endemias não pararam, sempre de segunda a sexta-feira durante as visitas de rotina. Ao longo do ano, foram realizados, ainda, 35 mutirões de combate ao Aedes pelos bairros, aos sábados. Esse é um dado muito importante também, porque realizamos essas ações com o apoio da Emsurb [Empresa Municipal de Serviços Urbanos], que gera um impacto positivo, conversando com a população, conseguindo fazer visita em locais que, durante a semana, estão fechados, até porque, aos sábados, algumas pessoas estão em casa pelo fato de não estarem trabalhando e nós conseguimos concluir a visita domiciliar”, complementa Jeferson.
Como parte integrante do plano de ação para combater as arboviroses desenvolvidas a partir da picada do mosquito Aedes aegypti, a aplicação com o carro fumacê, em parceria com o Governo do Estado, percorreu 15 bairros com maior índice de infestação e notificação de arboviroses. Já o Fumacê Costal, executado pelos agentes de endemias da Saúde de Aracaju, percorreu todos os bairros em 154 ações, alcançando e protegendo 121 mil imóveis.
“Para a aplicação do Fumacê Costal que fizemos este ano, como já é rotina do programa, procuramos sempre verificar as áreas que têm maior índice de casos notificados por alguma arbovirose e fazemos o bloqueio de transmissão com as nossas equipes”, pontua o gerente do programa.
LIRAa
Em 2023, a Prefeitura realizou seis Levantamentos Rápidos de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa), tendo apresentado o menor índice de infestação pelo mosquito dos últimos 20 anos para o mês de novembro, seu último estudo. Em comparação ao ano passado, houve uma queda expressiva de 67,2% dos casos de dengue, 68,4% nos de chikungunya e de 7,5% nos de zika.
O sexto LIRAa do ano, na capital, foi realizado entre os dias 6 e 10 de novembro. Esse levantamento tem como foco nortear as ações da Prefeitura no combate à proliferação do Aedes aegypti. No levantamento anterior, divulgado em setembro, Aracaju havia registrado índice 1,0, também classificado como médio risco e o menor dos últimos cinco anos. Realizado a cada dois meses, o LIRAa é classificado em três níveis: baixo (de 0,0% a 0,9%), médio (de 1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%).
