A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas), realiza ciclos de oficinas de sensibilização acerca proteção da infância e da juventude, em diferentes territórios da cidade, para profissionais do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e representantes das Organizações da Sociedade Civil (OSC’s). Nesta segunda-feira, dia 14, o lugar escolhido foi o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Enedina Bonfim, no bairro Novo Paraíso.
O evento é em alusão ao dia 18 de maio, que marca uma data de grande importância para a proteção deste público no Brasil. Instituído oficialmente pela Lei Federal nº 9.970/2000, o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes tem como objetivo mobilizar a sociedade para a conscientização, prevenção e enfrentamento desse grave problema social que afeta milhares de meninas e meninos em todo o país.
O objetivo das oficinas é mobilizar os profissionais da rede para o enfrentamento dessas violências, é o que explica a técnica de referência das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI), Mariroze Vilanova.
“A gente aproveita a temática do 18 de maio para trabalhar estratégias de enfrentamento a essa grave violação de direitos em nosso território, então as oficinas têm um propósito de formação profissional, é o momento de fazer o mapeamento do território, dos índices de vulnerabilidade e riscos relacionados a essa violação, para que depois a gente possa traçar um diagnóstico que dê base a uma tomada de decisão, de um planejamento condizente com a realidade de cada território”, explica Mariroze.
Presente na oficina, a assistente social Carol Trindade, atuante na Diretoria de Planejamento, complementa que o intuito das oficinas é personalizar as abordagens de acordo com as precisões de cada região.
“Nada melhor que a gente fortalecer a rede, e os ciclos de oficina são para isso, na elaboração de um diagnóstico participativo, com a utilização do mapa falado, a ideia é que nós reflitamos sobre o que os mapas de cada território tem a falar, quais são os pontos de incidência de exploração e quais são os pontos de proteção que essa rede pode ter para que a gente consiga combater a exploração sexual”, pontua a assistente social.
Reforçando a importância da atuação conjunta das organizações governamentais com as não governamentais, a representante da Casa Santa Zita, Aparecida Batista, descreve que quanto mais pessoas estiverem debatendo acerca do enfrentamento a questão da violência contra crianças e adolescentes, melhor.
“Um tema tão importante, um tema que toca toda a sociedade como esse, nunca é demais reunir o maior número de pessoas que estarão envolvidas no trabalho de conscientização, de prevenção, de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, a Casa Santa Zita sempre trabalhou com proteção da criança e adolescente, então a gente se sente feliz de estar aqui nesse momento hoje”, explicita Aparecida.
Para a coordenadora do Cras Madre Tereza de Calcutá, Valesca Azevedo, o momento traduz um encontro necessário para melhor atuação dos profissionais que atuam na pasta.
“O ciclo de sensibilização está sendo muito importante para que a gente possa realizar um trabalho bem efetivo, agora que está iniciando o 18 de maio, e ele vem fortalecer também a rede intersetorial, que é de grande importância para que o trabalho flua com a efetividade, para o combate da exploração e trabalho infantil”, diz a coordenadora.