Neste sábado, dia 27, o deputado estadual Luciano Pimentel (PSB) participou da Conferência Estadual dos Bancários. Realizado por videoconferência, o evento colocou em debate o cenário econômico, a realidade da categoria e a flexibilização dos direitos em tempos de pandemia. Durante o encontro, o parlamentar explanou sobre o papel dos bancos públicos para a economia.
“Não quero aqui excluir a importância das instituições financeiras privadas, visto que elas também exercem um trabalho relevante para o crescimento do país. Minha fala é apenas no sentido de enfatizar que os bancos públicos têm um diferencial, uma responsabilidade maior no que diz respeito à distribuição de renda e a geração de desenvolvimento de forma igualitária. Eles prezam pelo social”, afirmou Luciano Pimentel.
De acordo com o deputado, enquanto as entidades privadas costumam investir mais no sul e sudeste, em 2019 os bancos públicos foram responsáveis por 90% dos créditos aplicados na região norte e, praticamente, 84% dos créditos implementados no nordeste. “Isso demonstra a necessidade de lutar pela manutenção e valorização dessas instituições que atuam para assegurar a boa execução das políticas públicas em todas as regiões do país, levando os benefícios criados pelo Governo Federal aos locais mais distantes do Brasil, onde vive a parcela mais carente da nossa população”.
Segundo Luciano Pimentel, defender os bancos públicos é essencial para promover um crescimento harmônico, que alcance todo o país. “Quando falaram em privatizar o Banco do Nordeste, fiz uma série de pronunciamentos alertando toda sociedade sobre os prejuízos dessa iniciativa. Agora também devemos estar atentos para possibilidade de privatização do Banco do Brasil. É por essa razão que os brasileiros precisam conhecer a importância dos bancos públicos e lutar contra a privatização dessas instituições”, frisou.
Pandemia e Pós-Covid
Rememorando o cenário de crise mundial registrado em 2009, Luciano Pimentel pontuou que a economia do pós-pandemia trará uma realidade semelhante e evidenciará o valor das políticas públicas para o êxito da retomada econômica. Fato que, segundo o deputado, é um exemplo do quão relevantes serão os bancos públicos em todo esse processo.
“O futuro que se desenha é de dificuldade. Ao meu ver, enfrentaremos cerca de quatro a cinco anos bem difíceis. Nesse quadro que se projeta para o pós-Covid, a ampliação das políticas públicas é algo fundamental para minorar os efeitos da pandemia e tornar possível o retorno do desenvolvimento dos setores da economia. E mais uma vez são os bancos públicos que atuarão fortemente nessa área”, considerou.
Para Luciano Pimentel, essa contribuição dos bancos públicos já é perceptível mesmo durante a pandemia. “Sem o Banese, o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, certamente, estaríamos vivendo uma realidade ainda pior do que a atual. Os bancários estão sendo verdadeiros heróis, eles são expostos aos riscos de contaminação para dar continuidade da atividade econômica. A Caixa, por exemplo, está desempenhando uma ação importantíssima para pessoas que recebem o auxílio emergencial”, concluiu.
SEEB/SE
Após ouvir as considerações do parlamentar, a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira, ressaltou que Luciano Pimentel tem sido um grande parceiro da categoria e está sempre aberto ao diálogo, buscando contribuir com o trabalho de defesa e valorização da classe.
“Em vários momentos estivemos discutindo com o deputado parcerias para garantia de direitos da nossa categoria. Em meio à pandemia, continuamos dialogando e procuramos Luciano para manifestar nossa preocupação com a saúde e segurança dos bancários nesse período. Por iniciativa dele, foi apresentado e aprovado na Alese um projeto de lei que obriga os bancos a realizarem e custearem testes para Covid-19. É por isso que deixo aqui, em nome de todos os bancários, o meu agradecimento”, enfatizou Ivânia.
Promovida pelo SEEB/SE, a Conferência também contou a participação do presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, do secretário Internacional da CTB, Nivaldo Santana, e do economista do Dieese, Luis Moura, além de dirigentes sindicais e demais representantes da classe.