“A aliança deixa de ser programática e passa a ser oportunista”, afirma Dudu
Por Joedson Telles
Filiado ao PT e membro da Articulação de Esquerda, o presidente da CUT/SE, Rubens Marques, o professor Dudu, avalia que o vice-presidente nacional do PT, o ex-deputado Márcio Macedo, ilustra “o nível de rebaixamento” atingido pelo campo majoritário do PT, ao afirmar que o PT de Sergipe só não estará junto do governador Jackson Barreto (PMDB) e do seu vice Belivaldo Chagas (PMDB), pré-candidato ao Governo do Estado, se os peemedebistas descartarem a aliança. “A aliança deixa de ser programática e passa a ser oportunista. O PMDB de Jackson e Belivaldo é o mesmo PMDB de Temer, Cunha, Jucá, Sergio Reis… A fala de Márcio não me representa”, observou Dudu.
Segundo Dudu, o campo majoritário do partido em Sergipe está mais preocupado em antecipar as alianças políticas para 2018 do que enfrentar “os golpistas” e garantir que Lula seja candidato. “E Lula só será (candidato) se tiver gente nas ruas, se tiver luta de massa. Se ele for interditado pelo Judiciário, principal pilar de sustentação da burguesia, o PT de Sergipe corre um sério risco de ser esnobado por Jackson Barreto. Eu tenho dito que o PT precisa, urgentemente, sair da zona de conforto e enfrentar candidatura majoritária para o Governo do Estado. O medo de arriscar e perder coloca o PT na defensiva”, acredita.
Dudu observou ainda que o PT é um partido de massa, e, assim, tem o dever de conduzir a classe trabalhadora. Todavia, entende isso só será possível se a legenda estiver lutando ao lado dos trabalhadores nas ruas. “Em 2018, a luta será mais dura do que tem sido até aqui, pois, paralelo às disputas contra os ataques aos direitos trabalhistas e as conquistas sociais, teremos eleições para Câmara dos Deputados, Senado e presidência”, disse.