Por Joedson Telles
Só foi o ex-deputado e radialista, Gilmar Carvalho, o ‘Gilsinho Cheirosinho’, sinalizar que pode disputar a Prefeitura da Barra dos Coqueiros, nas eleições de 2016, para que líderes partidários passassem a assediá-lo. Esperto, o deputado federal Laércio Oliveira, que comanda o Solidariedade, legenda à qual Gilmar é filiado e disputou as eleições de 2014, tratou logo de ventilar que, caso ‘Gilsinho Cheirosinho’ tope mesmo entrar na briga, será seu soldado. “Acho que é um excelente nome”, disse Laércio, prestigiando a prata da casa.
Assim como já havia feito o PPS e o PDT, hoje foi a vez de o PSDB, que paquera também o senador do PSC, Eduardo Amorim, estender o tapete para que Gilmar assine a ficha de filiação tucana e dispute as eleições na Barra. O partido, que já teve o governador do Estado, na pessoa de Albano Franco, encolheu, mas tentar voltar a ser grande em Sergipe.
Namorar é uma das melhores coisas do mundo. Com mulher bonita, cheirosa e carinhosa, nem se fala. E a esfera política não foge à regra. Além disso, indiscutivelmente, Gilmar Carvalho, caso venha mesmo a colocar seu nome como pré-candidato a prefeito daquele município, será, de fato, um extraordinário nome. Sem lhe fazer favor.
Evidente que adversários apontarão defeitos. A pergunta, no entanto, é: quem está neste mundo e não tem defeitos? Afunilando para o mundo político, aí é que os erros emergem de todos os lados. Plagiando o mestre Jesus, quem pode se dar ao luxo de atirar a primeira pedra?
Quem não simpatiza com o ex-deputado não aceita a verdade. Mas o fato é que ‘Gilsinho Cheirosinho’ vive a comprar brigas todos os dias em nome da sociedade – sobretudo dos menos favorecidos, que, muitas vezes, sequer têm sindicatos ou representações afins para lhe defender. Gilmar tornou-se uma espécie de Igreja Universal quando todas as portas se fecham. É ele no rádio ou nada.
Apesar disso, as urnas não se mostraram gratas o suficiente, nas últimas eleições, para que Gilmar Carvalho tivesse a estrutura de um mandado de deputado estadual para fortalecer o seu trabalho social. Foi injustiçado. Eleitores que bateram à sua porta e foram ajudados, miseravelmente, o traíram, votando em outros candidatos. Às vezes até de forma imoral. Ao somar tal ingratidão com as pérolas de uma legislação eleitoral que garante a eleição de candidatos que recebem menos votos que os seus suplentes, Gilmar acabou sem mandato.
Em se apresentando mesmo como pré-candidato a prefeito da Barra do dos Coqueiros e, evidentemente, em chegando lá, Gilmar Carvalho teria a oportunidade de não apenas provar que pode, de fato, servir muito mais à sociedade tendo a caneta na mão como promover uma administração mais dinâmica na Barra. Desenvolver mais aquele município.
Agora, Gilmar, evidentemente, não pode, não deve e acredito que não será candidato dele mesmo. Eleição majoritária é sempre mais dura – sobretudo contra quem já está no poder. Além de demonstrar confiança em seu nome, seja o seu partido ou qualquer outro da turma da paquera, tem que lhe oferecer estrutura. Apoio total, e não apenas da boca para fora. Como isso deve ser feito? Bom, paro por aqui. Deixo os acordos com ‘Gilsinho fofinho da mamãe’ e postulantes a tê-lo candidato. O resultado será noticiado em breve.