20/08/2015 21:07h Comente
“Diante do quadro econômico do Brasil e em sintonia com o que externaram as manifestações de 16 de agosto em todo o país, os partidos de oposição na Câmara anunciam que procurarão, ao lado de representantes dos movimentos sociais, da sociedade organizada e de parlamentares que se identificam com essas preocupações, saídas para o caos que se avoluma, pois entendemos ser essa também uma das obrigações do Parlamento brasileiro”, afirma carta elaborada pelo PSC em conjunto com os outros partidos de oposição, PSDB, DEM, SD, Minoria e PPS.
O parágrafo acima faz parte do manifesto lido nesta quinta-feira (20), no plenário da Câmara, pelos líderes dos partidos de oposição. Assinam a carta os líderes André Moura (PSC), Carlos Sampaio (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Arthur Maia (SD), Bruno Araújo (Minoria) e Rubens Bueno (PPS).
De acordo com o texto, o Partido dos Trabalhadores colocou o Brasil em uma “gravíssima crise econômica, política e ética”. “Há uma irreversível perda de condições por parte da presidente da República e do PT em conduzir o país, e os Partidos de oposição compartilham da mesma preocupação e da necessidade de unir suas forças para buscar alternativas capazes de superar tais crises”, denunciam os líderes.
Além de denunciar a falta de capacidade do governo em buscar soluções para a crise econômica, a oposição garante que o PT é o maior causador do problema. “A doação de R$ 7,5 milhões de origem ilícita para a campanha presidencial petista de 2014 e a entrega de R$ 10,5 milhões, também de origem criminosa, na sede do PT em São Paulo, subtraem do partido e do governo Dilma as condições para a solução dessas múltiplas crises e penalizam fortemente os brasileiros.
Impeachment
Os líderes de oposição finalizam o documento ratificando a importância da saída da presidente Dilma do governo para o fim da crise. “Qualquer que seja o resultado das investigações em curso – impeachment, cassação do diploma – e também em caso de renúncia, a oposição estará unida e tem consciência da sua responsabilidade para com o Brasil”.