“Desses 6 milhões, R$ 3 milhões nem existem porque são emendas parlamentares. A tomada de preço estabelece um valor, mas não significa que vai ser gasto”, explica Gualberto
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Capitão Samuel (PSL), questionou, na manhã desta quarta-feira, dia 1º, a postura do Governo do Estado, que, segundo ele, tem um discurso voltado para a economia, mas, por outro lado, efetuou o contrato de uma empresa de eventos no valor de R$ 6 milhões.
“Ontem vi nas redes sociais uma coisa que não dá para compreender a postura do governo para economia. Qual a relevância de contratar uma empresa para fazer festa? Qual a urgência de festa nesse momento que o governo passa por uma situação difícil e precisa economizar? Se contrata a empresa MC Eventos Ltda num valor de R$ 6 milhões. Não é justo quando um programa que deveria estar sendo colocado em prática não está por causa da economia gastar R$ 6 milhões com festa. Não é justo, não é aceitável. Como ter paciência se o governo quer gastar R$ 6 milhões com festa?”, indagou o deputado.
O deputado pastor Antônio dos Santos (PSC), que também integra a bancada de oposição, salientou que se fosse a dispensa de licitação para um medicamento que está faltando haveria compreensão porque do outro lado estava alguém precisando sobreviver. “Coisas dessa natureza que a gente sabe que o beneficiado final será o cidadão. Mas para eventos não me parece razoável essa dispensa de licitação para contratação. Eu espero que o governo repense essa decisão. Não é razoável essa contratação nesse momento, a menos que estejamos equivocados, que o estado tem dinheiro para gastar e a gente não está sabendo e ainda está com a informação que o estado vive dificuldades financeiras para reajuste salarial, para outras necessidades que julgamos mais emergentes. Se dá pra gastar esse montante com festas a coisa está melhorando e a gente não sabia”.
O líder do governo na Casa, deputado Francisco Gualberto rechaçou as críticas feita pela oposição ao Governo do Estado, argumentando que as informações sobre a contratação da empresa estão equivocadas. “Desses 6 milhões, R$ 3 milhões nem existem porque são emendas parlamentares que ainda não estão liberadas. Vai haver a licitação dos R$ 6 milhões quando os outros R$ 3 milhões chegarem. A licitação está preparada, mas o processo licitatório pode durar 90 dias. A tomada de preço estabelece um valor, mas não significa que vai ser gasto porque não tem nenhuma obrigação de gastar o dinheiro. Se o governo fizer uma inauguração precisa ter um carro de som para chamar as pessoas, as tendas, um palco, e o governo não pode no dia da inauguração contratar essa estrutura pra fazer esse evento de inauguração. O governo só pagará restritamente aquilo que for gasto no evento. O governo pode gastar R$ 30 mil, R$ 50 mil, mas tem que fazer esse procedimento”, explicou.
Do Universo