Algumas das árvores hoje plantadas na avenida Hermes Fontes, além de já apresentarem indícios de desgaste temporal, são de espécies inadequadas para o paisagismo urbano, com crescimento horizontal que deteriora o canteiro onde estão suas raízes, e demais outras estruturas. Esses fatores se aliaram à necessidade de retirada delas para a execução da obra do corredor Hermes Fontes, que iniciou, nesta segunda-feira, dia 9, e vai promover a recolocação de mais do dobro de árvores suprimidas, ampliando e qualificando o paisagismo no local.
Quem está à frente desse processo é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), e o secretário da pasta, Alan Lemos, explica que a substituição será feita em uma proporção maior do que a de árvores retiradas. “Serão mais de duas árvores para cada uma suprimida”, garante. Assim, das 600 árvores atuais, 258 serão suprimidas. No projeto, já estava previsto o plantio de 285 e, além dessas, 265 serão colocadas adicionalmente, totalizando 550 novas árvores.
Além disso, a Prefeitura também fará o plantio de 400 arbustos e mais de 21 mil metros quadrados de grama e de 50 outros elementos paisagísticos. Com relação às espécies utilizadas em substituição às atuais, Alan Lemos esclarece que as novas árvores são nativas, mais altas e com crescimento que não prejudica as estruturas, como as atuais.
“Hoje, a maioria das árvores existentes na avenida pertence às espécies Mata fome, Coqueiro e Ficus, que, como todos podem ver, causam problemas estruturais significativos. Por isso, a compensação será feita com novas espécies, a exemplo de ipês amarelo e roxo, pitangueiras, sibipirunas e jacarandás, espécies nativas que têm um crescimento melhor, com copa alta e que vão promover uma requalificação da arborização na capital”, ressalta Alan.
De acordo com ele, o projeto já especifica a necessidade de compensação ambiental, estabelecida por lei quando se trata de uma intervenção de interesse público, como é o caso da recuperação do corredor Hermes Fontes. O plantio das novas espécies já começa nesta semana, com a colocação de mudas no entorno do corredor. “Já faremos o plantio de 40 mudas na avenida Edelzio Vieira de Melo, por exemplo. As demais árvores serão colocadas a depender do andamento da obra, pois pretendemos reaproveitar algumas delas e replantá-las”, acrescenta Alan.
Para isso, a supressão será feita pela própria Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que tem expertise no assunto. “As demais terão destinação correta, como resíduo”, diz Alan. Esse incremento de indivíduos arbóreos ampliará para mais de 20 mil os elementos vegetais na massa verde da capital, que, segundo Alan Lemos, já faz de Aracaju uma cidade bem arborizada e ratifica o argumento de que essa supressão não terá impacto no conjunto de árvores da cidade.
“A gente tem várias regiões da capital com manchas vegetais significativas e, embora o efeito inicial de ver a retirada de árvores seja difícil, quando se observa a fundo ela não representa impacto nenhum no aspecto climático da cidade”, garante o secretário.
Alan diz isso embasado nas informações que a Sema está levantando a fim de concluir o “Projeto Inventário da Arborização Urbana de Aracaju”, que já reúne informações das principais avenidas, como a Hermes Fontes, e também das principais praças. “Até o final do próximo ano, vamos concluir as informações de outros logradouros, finalizando um inventário preciso de cada árvore, da condição de saúde e sanitária dela, para que, com esse censo, seja possível acompanhar e substituir de forma mais efetiva as espécies”, destaca.
Enviado pela assessoria