Por Joedson Telles
Nas últimas horas, Sergipe – seja no vício das redes sociais, via imprensa ou no popular “boca a boca” – respira a gravíssima acusação que fez o vereador Cabo Amintas contra o secretário de Saúde do Governo do Estado, José Almeida Lima. Ofuscou temas da moda do meio político sem esforço. Quem quer saber de parcelamento ou não do 13º? Empréstimo de R$ 560 milhões? Desgaste de Temer? Nada. A curiosidade é uma só: essa história de assédio sexual é verdade? Zé Almeida, como chamava o saudoso Marcelo Déda, estaria sendo caluniado e é vítima, portanto, de uma maldade criminosa sem tamanho ou é mesmo um tarado sem vergonha? Um homem público de idade avançada que não se respeita, não respeita as mulheres e, evidente, seus familiares e amigos?
Em sendo verdade a vergonha, há quando tempo Zé Almeida estaria a agir? Quantas mulheres já teriam sido vítimas do suposto tesão incontrolável deste senhor? Quantas teriam cedido aos apelos repugnantes? Felizmente, o caso tornou-se público e já está na polícia.
Aliás, o próprio Zé Almeida, que emitiu uma nota pública negando veementemente ser um tarado descontrolado, já bateu à porta da Delegacia de Crimes Cibernéticos e prestou uma queixa querendo a apuração da denúncia que, em sendo provada, complicaria sua vida familiar e, sobretudo, pública.
Como advogado, Almeida Lima sabe que cabe ao Cabo Amintas e a qualquer um que esteja a acusá-lo, neste momento, apresentar as provas. Mas Zé Almeida sabe muito mais que, se houver prova, estará em maus lençóis. E Cabo Amintas promete provar o que diz. Aliás, o vereador acredita no efeito dominó: acha que quando uma só vítima abrir a boca, outras farão o mesmo. Será?
O fato é que Sergipe, ou pelo menos a parte lúcida deste estado, espera uma apuração rigorosa. Polícia, Ministério Público e Judiciário trabalhando em sintonia com o bom senso. Com as leis. No momento, Zé Almeida é inocente. Estamos no Brasil e, por aqui, sem provas sem crime – mesmo em casos cujas evidencias afloram.
Só o desfecho do inquérito policial garantirá a Zé Almeida o direito a uma gorda indenização por danos morais ou ser enquadrado no Código Penal – e ainda pagar ele a indenização, caso se confirme que se trata de um desequilibrado, um homem público que, apesar da idade e dos cargos importantes que já ocupou, não passa de um “secretário nojento”, como define Cabo Amintas. Um tarado safado, no popular.