No final da tarde dessa segunda-feira, dia 5, lideranças e militantes do Partido dos Trabalhadores, da capital e do interior, participaram do ato promovido pela Articulação de Esquerda na sede do PT em defesa de que o partido em Sergipe tenha candidatura própria para Governo e Senado. O ato foi construído para dialogar não somente com a militância do PT, mas com os movimentos sociais, sindicais, estudantis, culturais e de juventude.
Para o vereador de Aracaju Iran Barbosa, que também é pré-candidato a deputado estadual, o Partido dos Trabalhadores se constituiu como interlocutor dos trabalhadores e trabalhadoras e demonstrou capacidade de gestão, por isso não pode ficar à reboque de cenários golpistas e deixar que sua história seja “jogada na lama”.
Professora Ângela Melo, dirigente nacional da CUT e pré-candidata a deputada federal, avalia que independente de tendência a militância do partido quer candidatura própria para disputar o governo, o senado e não apenas para constar, mas para debater com a classe trabalhadora um programa de governo. “Não se pode aceitar que o Partido dos Trabalhadores se alie a quem construiu e contribuiu com o golpe que ainda está em curso no Brasil”, afirmou.
Para o pré-candidato ao senado professor Joel Almeida, o PT ainda é a saída, pois se “lá fora há bons nomes”, dentro do PT tem melhores. “Uma aliança com Jackson Barreto só vai levar o Partido dos Trabalhadores em Sergipe para um beco sem saída e, por isso, esse é o momento para a militância petista dizer ao povo de Sergipe que há saída e que essa saída é pela esquerda”, enfatizou.
Resgatar os princípios
Para a deputada estadual Ana Lúcia é preciso que o Partido dos Trabalhadores em Sergipe resgate os princípios de que é possível mudar radicalmente a sociedade. “O partido nasce na rebeldia e é preciso resgatar essa rebeldia e o PT tem acúmulo para enfrentar a direita e o fascismo que assola o Estado de Sergipe. Precisamos convencer os demais agrupamentos dentro do PT da importância fundamental do partido em Sergipe ter candidatura própria”, apontou.
A tendência petista Esquerda Popular Socialista (EPS), através dos militantes da juventude do Coletivo Quilombo, esteve representada no ato e também defendeu a importância do PT em Sergipe ter candidatura própria e garantir bancadas na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado.
O PT não pode desaparecer
Valter Pomar, militante e dirigente nacional do PT, fez uma avaliação de que na época em que o PT estava no governo alianças com partidos de direita eram condenáveis e que na atual conjunção dos fatos continuar com essas alianças é um crime, pois “os partidos de direita buscam essas alianças para buscar legitimação e ao mesmo tempo minar o partido. A proposta da Articulação de Esquerda de em Sergipe o PT apresentar candidaturas majoritárias próprias foi acertada, pois está gerando o debate dentro do partido e o adiamento do debate sobre tática eleitoral já é um sintoma de que a candidatura própria é o caminho certo”, ressaltou.
Professor Dudu, presidente da CUT/SE e pré-candidato ao Governo do Estado, lembrou que o ato também é em defesa da possibilidade de Lula ser candidato a presidente e coloca que o debate interno é necessário, pois não é uma discussão somente de pessoas, mas um debate programático e é isso que a Articulação de Esquerda está propondo. “Estamos ajudando a politizar o debate no Partido dos Trabalhadores e construindo uma ideia de que há uma luz no final do túnel para Sergipe”, apontou.
Enviado pela assessoria