Empresário explica a suspensão da festa, mas promete retorno em 2016
A versão 2015 do Pré-Caju não sairá do desejo de quem gosta da festa para a alegria de praxe proporcionada na avenida – não apenas aos sergipanos, mas também há inúmeros turistas que desembarcam em Aracaju durante dos dias do evento. A confirmação da suspensão do Pré-Caju foi dada, na manhã desta quinta-feira 13, pelo empresário criador do evento, o ex-deputado estadual Fabiano Oliveira, ao ser entrevistado na Ilha FM, pelo radialista Gilmar Carvalho. Fabiano explicou que sem apoio logístico do Governo do Estado – sobretudo o policiamento – seria um risco realizar a festa.
“Não seria bom. Teríamos muitas bandas aqui e o risco seria grande. O Pré-Caju poderia ser usado como instrumento político de pressão ao Governo e ao município”, explicou Fabiano, ilustrando que poderiam dizer, por exemplo, que não há dinheiro para a folha de pagamento dos servidores, mas haveria para festa. Apesar disso, Fabiano assegura que não foi conversar com o governador Jackson Barreto para pedir patrocínio, mas o apoio logístico de sempre. Fabiano prometeu encontrar uma grande área e com o apoio da iniciativa privada realizar o “um grande” Pré-Caju 2016.
Segundo o secretário de Comunicação do Governo do Estado, Sales Neto, entretanto, o apoio logístico que sempre foi dado pelo Estado foi assegurado pelo governador Jackson Barreto (PMDB) para o Pré-Caju 2015. Já o secretário de Comunicação Social da Prefeitura de Aracaju, o jornalista Carlos Batalha, garantiu que a PMA além do apoio logístico também poderia patrocinar parte do Pré-Caju também. Entretanto, não seria o suficiente para a realização da festa, cujo orçamento gira em torno de R$ 5,5 milhões.
Fabiano Oliveira não quis revelar nomes, mas deixou evidente que pessoas influentes de Sergipe sempre trabalharam para acabar com o Pré-Caju – mesmo, à noite, sendo os primeiros a chegar à avenida para curtir a festa. A pressão que seria feita ao governo e à PMA partiria dessas pessoas que Fabiano definiu como uma minoria. Já o político e ator Antônio Leite, que administra o bloco do Pré-Caju Caranguejo Elétrico, define como “poderosos da 13 de Julho”, em alusão a moradores da Avenida 13 de Julho que se sentem incomodados com a realização da festa.