“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo”, diz o Senhor Jesus em João (15:12)… Seria pretensioso tentar ensinar aqui o que é amar. O que é o amor. O poeta cunhou que “sinônimo de amor é amar”. Mas não é só pela fé, pela obediência, por ser servo que se deve concordar 100% com mais este ensinamento do Mestre Jesus. Há total lógica. E olha que a Bíblia tem ensinamentos que só mesmo pela fé segue-se, mas não se decifra lógica alguma. O sentido está além do conhecimento do homem.
Neste ensinamento de Jesus, não. O mínimo que se entenda do que, de fato, é o amor, é o suficiente para se dar razão a Jesus – sobretudo quando se leva em conta que, além da salvação, o objetivo de todos nesta vida terrestre é a felicidade. Infelizmente, poucos entende a essência.
Pensemos no dia a dia. Quando saímos de casa e cruzamos com outra pessoa, no momento em que chega a nossa vez no caixa do supermercado, quando vamos ser assaltados, ao pagarmos pelo uso do estacionamento do shopping… Nestas e em outras tantas situações, as pessoas educadas são constrangidas, pois o bom dia, boa tarde ou boa noite fica sem resposta. Às vezes, a pessoa a quem se dirige a palavra sequer olha nos olhos. Chato. Constrangedor. De uma falta de educação sem limites negar um cumprimento.
Do mesmo modo, é comum o fato de pessoas que andam a pé terem uma história – pessoal ou não – para contar de um condutor de um automóvel que, num dia de chuva, deu um banho de lama em um pedestre, mesmo podendo desviar da água ou mesmo passar devagar. Mandar uma pessoa à fila e minutos depois chegar com o carinho abarrotado de compras querendo a vez. Negar uma moeda de dez centavos, argumentando, sem provas, que o pedinte vai beber. Não oferecer carona – mesmo que seja a conhecidos. Fazer vistas grossas e continuar sentado no coletivo enquanto um idoso ou uma grávida sofre. Falar mal de outro pelas costas. Deixar roupas velhas tomando espaço no guarda roupa, mesmo com inúmeras pessoas precisando. Cada vez mais engordar a caderneta de poupança sem empestar sequer uma mixaria a um amigo desesperado…
Poderíamos passar o dia inteiro e entrar pela noite citando exemplos afins e familiares sobre formas de atestar que o amor pelo próximo anda distante neste mundo. Seria desnecessário, contudo. O leitor já captou a mensagem. Já percebeu que a falta de amor não é flagrante apenas quando se rouba, sequestra, estupra ou mata uma pessoa com um tiro à queima roupa. Quando se nega o perdão. Existe a percepção nos atos mais simples do dia a dia. Qualquer ação dirigida ao próximo que não espelhe algo que a pessoa gostaria de receber das demais pessoas espelha falta de amor. É passar por cima do mandamento mais importante para Jesus.
O mais chocante disso é que há entre os que usam e abusam de ações que atestam a falta de amor aqueles que conhecem a Palavra de Deus. Congregam em alguma igreja evangélica. Até pregam no púlpito. Outros vão à missa todos os domingos e até têm cargos de confiança na igreja. “Mas não percebem” que tropeçam no mandamento tido como o mais importante por Jesus. É como se estas pessoas agissem no automático. Outro poeta diz: “nos preparamos pra muito e sofremos por menos”.
Buscar viver este amor de Jesus, o amor de Deus no próximo, é o desafio do mundo atual. A Bíblia diz que Deus é amor. Há pessoa que confessa Deus, mas não lembra quando beijou a própria mãe, o pai pela última vez. Quando ligou para um irmão sem precisar dele. Apenas por sentir saudade. Se preocupar. Resolver tais problemas dentro de casa é sempre o primeiro passo para que se perpasse o amor de Deus pelo mundo. O segundo é se policiar diante das pequenas e grandes coisas. Feito isso, o Espírito Santo guiará o resto do caminho.
Deus no comando.