Por Joedson Telles
“… E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12). Já em Mateus 6:14-15, “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas”.
Antes de qualquer reflexão sobre as frases que acabamos de ler, é necessário lembrar que não são assinadas por qualquer um, mas pelo próprio Jesus Cristo. Ele mesmo, o filho de Deus, com a sua autoridade, ensina o perdão dentro da mais conhecida e precisa oração através da qual podemos chegar à presença de Deus.
Num mundo caótico em que estamos constantemente em conflito, concorrência, disputas físicas ou ideológicas é praticamente impossível as relações, naturalmente, não serem permeadas por erros que suscitam a necessidade indiscutível do perdão.
Sabendo disso, e, sobretudo, ciente que a guerra é espiritual, que enquanto estivermos neste mundo as provações continuarão, que o satanás, o causador dos conflitos, continuará agindo, velando a vingança, Deus, que ao contrário, é santidade, é amor prega o perdão, que também espelha o amor.
Em parte nenhuma da Bíblia, vamos ler que a pessoa precisa pegar o assassino do pai, da mãe, do irmão ou filho, colocar dentro da própria casa e viver a harmonia de uma família feliz. Não há também a ideia de voltar a confiar em uma pessoa que rouba e lhe fornecer a senha do cartão de crédito ou da poupança.
Da mesma forma, não induz a pessoa a continuar vivendo casada normalmente mesmo sendo traída. Se permitir ser enganada por mentiras. Enfim: ser vítima uma vez e se permitir à vulnerabilidade para continuar sendo o resto da vida.
Não. Não mesmo. Deus não cobra isso de ninguém. Ele prega o perdão imprescindível no sentido de não haver ódio no coração, mágoa, e, sobretudo, sentimento de vingança. É não pagar o mal com o mal.
É, mesmo com o coração ainda pesado, trabalhar a mente, o intelecto para, pela fé, perdoar a pessoa, orar por ela, mesmo contra a própria vontade, deixando que Deus, o verdadeiro juiz, faça a Sua parte ao Seu tempo. E quando você faz a sua parte, não tenha a menor dúvida: Deus fará a Dele. Deus não falha.
Deus no comando.