Por Joedson Telles
“… o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” – 1 Coríntios 2:14 (ARA).
Um olhar atento a este texto bíblico explica o que leva uma pessoa a desprezar pontos espirituais importantes e imprescindíveis como criação, pecado, queda, fé, arrependimento, salvação…
Muito diferente das coisas “invisíveis”, o foco do homem natural está no visível, na matéria. Equivocadamente, as decisões são tomadas pela própria cabeça. Não há confiança na sabedoria de Deus, na Sua Palavra, na Sua bondade e nos Seus planos perfeitos. A luz existe, mas o homem natural não consegue enxergá-la (João 1: 4, 5).
O grande teólogo americano, Jonathan Edwards (1703-1758), observa que “aqueles que não têm interesse salvífico em Cristo não guardam nenhum grau de deleite e senso das coisas espirituais ou das ações do Espírito, de sua verdade divina e de sua existência, que um santo verdadeiro tem”.
Ao usar a palavra “santo”, Edwards tenciona no sentido não de alguém que não peca; todos nós pecamos. Mas no sentido de a pessoa ser separada do mundo. O pecado na vida dos santos é um acidente de percurso – e sempre leva ao arrependimento.
É assim com o homem espiritual. Percebe-se pelas suas ações, pelo seu modo vida e, sobretudo, pelo seu relacionamento piedoso com Deus e com o próximo que este teve o coração regenerado pelo Espírito de Deus, que habita em todos os verdadeiramente convertidos. São novas criaturas.
“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente” (1 Coríntios 2: 12). Ou seja, algo que não acontece com o homem natural, cuja inclinação sempre estará para as coisas do mundo.