Por Joedson Telles
Cutuco os botões e, juntos, torcemos para que as urnas sejam logo reveladas em Sergipe, e o resultado da eleição seja notícia velha. A coisa cada vez mais se agrava.
O facebook, por exemplo, já marcou a campanha como deposito de ódio e baixarias. O que tem de gente que não tem a menor noção, mas assume um papel ridículo de destilar ódio contra adversários, só o Pai. Agora, pasmem: nem são seus adversários, já que não disputam nada. Mas adversários do candidato escolhido, pensando em “se dar bem” de alguma forma.
Aliás, tais pessoas se mostram cegas frente aos defeitos do candidato escolhido, e tome agressão contra adversários. Tudo tem limite. Política passa. Eleição se ganha ou se perde, mas caráter não. Uma vez na lata do lixo, um abraço bem fedorento.
Sobrevivo da cobertura política. Do jornalismo político como ofício. E o que já assistir de puxa saco, babão safado fazer este joguinho baixo e depois levar um chute bem dado no traseiro – justamente do político que blindou durante a campanha…
… Vez por outra, esbarro em gente no face que parece profissional da rede social. Pistoleiro do besteirol a externar ódio, quando o alto nível requer o debate salutar. Foco nas ideias. Nos projetos de governo. No que pode ser feito em prol de Sergipe. Como o Estado pode frear a criminalidade? O que fazer para oferecer uma saúde pública decente? Uma melhor educação, entre outras chagas? Nada disso é pauta para certas pessoas. Só baixaria e agressão.
Nitidamente, estas pessoas dizem nas entrelinhas: “Sergipe que se dane. Se meu candidato ganhar, meu CC está garantindo. Por que pensar no coletivo? Por que analisar as duas propostas e, eticamente, escolher o melhor sem agredir ninguém?”
Preferência política? Qualquer pessoa em perfeita sanidade mental e, minimamente informada, tem. Aliás, e tem a obrigação de ter mesmo. Agora, ódio ao adversário, não. Isso é coisa de gente pequena. Medíocre. Quem é grande vencendo ou perdendo sempre estará de pé. Cabeça erguida. Sem precisar apelar.
P.S. Amo o rostinho dessa gente, quando políticos adversários fazem acordo e dividem o mesmo palanque. Mas acostumam logo. Acaba sendo café pequeno.
