Por Joedson Telles
“É Ele (Deus, Yahweh) que nos consola em toda a nossa tribulação, para que, pela consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação” – 2 Coríntios 1: 4 (NAA).
O apóstolo Paulo, interpretam teólogos, refere-se, principalmente, a ele mesmo, tendo em mente o sofrimento na própria pele (por pregar Jesus Cristo ressurreto) e a força mental vinda de Deus.
“Porque não queremos, irmãos, que vocês fiquem sem saber que tipo de tribulação nos sobreveio na província da Ásia. Foi algo acima das nossas forças, a ponto de perdermos a esperança até da própria vida. De fato, tivemos em nós mesmos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos” (v. 8,9).
Entretanto, 2 Coríntios 1: 4 molda-se à vida de qualquer pessoa que almeje um relacionamento verdadeiro com o Criador. Não há ninguém que desconheça o açoite do sofrimento. A diferença é a intensidade e a forma como lidamos com ele. Mas todos precisamos de consolo.
Não do consolo ilusório que o mundo oferece. Tampouco de crenças pagãs que velam deuses falsos. É Deus – e só Deus – quem, verdadeiramente, resolve o problema (Isaías 51:12) – e o faz não para que sejamos egoístas e “particularizemos” a graça. Ao contrário, Ele exorta espelharmos o Seu amor, consolando também. Não em algumas, mas em todas aflições.
A certeza do cuidado de Deus com o seu povo, a Sua soberania e a ímpar capacidade divina de providência, em quaisquer circunstâncias, precisam servir de combustíveis para a fé que não apenas assegura a bênção do consolo santo como também leva o abençoado a “dividir” a graça, consolando pessoas ao seu redor.
Portanto, é mais uma missão intransferível de todo cristão usar da empatia. Até porque é impossível estar em Cristo e apenas assistir ao sofrimento alheio sem fazer nada, podendo consolar. Ninguém é cristão sendo indiferente ao problema do outro. “Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta”, afirma Jesus, em Mateus 5: 13.