Por Joedson Telles
Leio e escuto em vários setores da mídia – e, óbvio, com o devido eco nas redes sociais – que o governador Fábio Mitidieri apagou o fogo do episódio envolvendo Nitinho, Edvaldo Nogueira e o PDT. Como também foi ventilado, Fábio exerceu bem e rápido o seu papel de líder do bloco. Não esperava outra postura.
Entretanto, soa apostar na sorte acreditar que tudo está, de fato, resolvido com a entrevista que o governador concedeu ao radialista Fábio Henrique, na Rio FM.
Pelo que consta, Fábio, o Mitidieri, não conversou com Nitinho e obteve dele a palavra de que não acontecerá mais. Tampouco Nitinho revelou sentimento de arrependimento em algum veículo de comunicação, na Tribuna da CMA ou mesmo em suas redes sociais. Parece longe de optar pela retratação. Aliás, Nitinho ainda não deu entrevista depois da fala do governador.
A ação correta de Fábio Mitidieri, perceba, internauta, é limitada. Não por sua culpa ou falta de habilidade. Pelo contrário: como já mencionado, ele exerceu bem o papel de líder. Mas, no máximo, adiou o problema.
Nitinho já deixou claro, inclusive para o próprio Fábio, que não recuará do seu projeto de ser pré-candidato a prefeito de Aracaju. E, pelo visto, tem a certeza de que não será o nome escolhido pelo prefeito Edvaldo Nogueira, por razões que o mundo político sabe muito bem.
Neste contexto, parecido com o que motivou o senador Rogério Carvalho, em 2022, ser candidato a governador fora do bloco, penso que Nitinho, se precisar optar entre a pré-candidatura e a permanência no agrupamento governista, não desiste do projeto.
É certo que já definiram a política como aquela desgastada história da nuvem em várias oportunidades, e Nitinho pode ser persuadido a recuar. Todavia, hoje, a leitura que faço é um Nitinho pré-candidato ainda que fora do bloco.
