“Valadares Filho não conversou comigo para fazer a aliança política que fez”
Por Joedson Telles
O ex-prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira (PC do B) assegura que o anúncio da aliança entre o PSB e o PSD, em torno da pré-candidatura do deputado federal Valadares Filho à Prefeitura de Aracaju, não o fará recuar da sua pré-candidatura também a prefeito da Capital. Edvaldo demonstrou surpresa com o anúncio, mas não teme ficar isolado. Ele promete buscar o apoio do governador Jackson Barreto (PMDB) e dos demais partidos do agrupamento para manter o projeto político encabeçado pelo PC do B. “Valadares Filho não conversou comigo para lançar sua candidatura e fazer a aliança política que fez. Não tenho nenhum compromisso com a pré-candidatura do PSB”, adianta o ex-prefeito, descartando, assim, apoiar Valadares Filho, que prometeu procurá-lo para tentar sua adesão. A entrevista:
A aliança PSB/PSD muda algo em se tratando de sua pré-candidatura?
Não muda absolutamente nada. A minha pré-candidatura continua de pé, mesmo porque a nossa base aliada tem o PMDB, do governador Jackson Barreto; tem o PT, de Rogério Carvalho; tem o PRB, de Heleno Silva e Pastor Jony; tem uma parte do PSD que não concordou com a aliança com o PSB; tem o PDT, do prefeito Fábio Henrique. Então, eu vou procurar estes partidos, conversar com todos. E, obviamente, vou esperar o sinal do governador para poder me movimentar no sentido de consolidar a aliança, pois acho que devemos esperar o momento que Jackson Barreto sinalize tratar da sucessão municipal na nossa coligação. Vou buscar, trabalhar e lutar pelo apoio destes partidos e, principalmente, do governador Jackson Barreto, que é o líder do nosso grupo e será o condutor do processo político em relação à eleição na nossa base em Aracaju.
É possível o senhor recuar para apoiar Valadares Filho?
Eu respeito bastante o deputado federal Valadares Filho, o senador Valadares, o deputado federal Fábio Mitidieri, mas não tem nenhuma possibilidade de recuo para apoiar a pré-candidatura do PSB. Valadares Filho não conversou comigo para lançar sua pré-candidatura e fazer a aliança política que fez. Então, eu não tenho nenhum compromisso com a candidatura do PSB no sentido de recuar da minha pré-candidatura.
O deputado Fábio Mitidieri disse que o PSD ofereceu legenda para o senhor ser candidato. Por que o senhor não aceitou?
Eu esperei, sinceramente, que o deputado Fábio Mitidieri aguardasse até 31 de março, que é o prazo final para mudança de partido. Mas nós não conversamos mais, após o encontro no qual ele me fez o convite. Na nossa conversa, falei das dificuldades de mudança partidária, mas esperei que ele aguardasse até o prazo final para mudança de partido. Fiquei surpreso com o anúncio do apoio de Fábio a Valadares Filho.
O senhor mantém a pré-candidatura, mesmo se ficar isolado?
Eu não vou ficar isolado. Não tem chance de minha pré-candidatura ficar isolada. Vou buscar o apoio do PMDB, de Jackson Barreto, de Gama, de Benedito Figueiredo, dos deputados e vereadores do partido; do PT, de Rogério Carvalho, de João Daniel, de Ana Lúcia, de Francisco Gualberto, de Márcio Macêdo, dos vereadores, da minha querida amiga Eliane Aquino; do PRB, de Heleno e de Jony; do PDT, de Fábio Henrique; da parte do PSD que não apoiou o PSB, do presidente estadual Jefferson Andrade, do deputado Gustinho Ribeiro, e de outros partidos da base. E asseguro que não ficarei isolado.