“Qual o peso político que ele tem para aceitar ou não um deputado no governo?”, indaga Mundinho
Por Joedson Telles
Provocado sobre as indagações irônicas do deputado estadual Zezinho Guimarães (PMDB), postadas, nesta terça-feira 30, no Blog do Joedson Telles, o também parlamentar Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase (PSL), explicou que sempre esteve liderando a campanha do governador Marcelo Déda (PT) e do seu vice Jackson Barreto (PMDB), na região de Itabaianinha, enquanto o desafeto Zezinho coordenava a campanha do adversário, João Alves Filho (DEM). Mundinho disse também que Zezinho não tem peso político para afirmar que ele, Mundinho, só fica no governo se ele, Zezinho, quiser.
“Se ele disse isso é de uma vaidade sem tamanho. É por isso que digo que ele é um psicopata. O cara dizer uma loucura dessa… Não tem sentido. Qual o peso político que ele tem para aceitar ou não um deputado no governo? Ele é louco. Um cara sem controle emocional. Dizer isso. Não tem controle emocional”, definiu Mundinho. “Não posso deixar Itabaianinha sofrendo pressão, com pessoas que não estão com suas faculdades mentais normais. Coisas absurdas têm acontecido no município.”
Mundinho assegurou também que não tem sentido Zezinho falar em traição dele aos irmãos Amorim, e nem o contrário. O deputado explicou que foi para a oposição porque manteve a palavra e votou na reeleição da deputada estadual Angélica Guimarães (PSC) para presidente da Assembleia Legislativa, no dia de 27 de fevereiro de 2012, contra a vontade de Déda. Mas nunca teve problemas com o governo.
“Votamos nos projetos de Déda, veio a eleição da Mesa da Assembleia, votei em Angélica, que foi a candidata do governador e escolhi votar também na reeleição, e votaria outra vez, pela sua competência e lealdade. Então, não vejo traição, ao aceitar voltar à base do governo para garantir a governabilidade”, disse.
Segundo Mundinho, houve a divergência no episódio da reeleição de Angélica Guimarães, mas isso por conta da falta de habilidade do governador Marcelo Déda, quando não aceitou que os deputados votassem nela, mesmo sendo uma aliada correta e, inclusive, a candidata do próprio governador para o primeiro biênio.
“E eu jamais vou mudar um voto num colega nesta Casa, faltando 10 minutos para a eleição a pedido de qualquer político. E naquela época era um grupo só. Não sabia de racha. Fiz e tenho minha consciência tranquila. Faria de novo. Pior foi ele (Zezinho) que foi colocado para fora do Sebrae, houve discursos fortes na imprensa e ele está aí. Não tenho interesse em ser recebido por ele, porque ele nunca fez parte da luta para construir este governo”, afirmou.
Mundinho disse ainda que, em Itabaianinha e na região Centro-Sul, esteve sempre à frente da campanha do governador Marcelo Déda e de Jackson Barreto. “E votei em Eduardo Amorim para deputado federal e depois para senador. Tanto que era na minha casa que nos reuníamos quando das atividades eleitorais lá. Nunca deixei de estar ao lado de Déda e Jackson. E o deputado Zezinho Guimarães, nas duas campanhas, coordenador do candidato da oposição, João Alves”, diz Mundinho.
O deputado voltou a explicar, por fim, que o que aconteceu entre ele e o Governo do Estado, na verdade, foi apenas uma diferença de posicionamento em alguns pontos e em alguns momentos. “Nada que não seja absolutamente normal em uma democracia e nada que abalasse o relacionamento entre um grupo absolutamente democrático como é o nosso. Sanadas as diferenças, equacionados projetos e ações no sentido de que a região Centro Sul em especial Itabaianinha e Umbaúba voltem a ter do Governo Estadual a atenção que julgamos de merecimento, nos resta continuar em frente, para o povo e de forma democrática”, finaliza.