“É importante que o agrupamento saia coeso para as eleições”, avalia o deputado
Por Joedson Telles
O deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) deixa evidente, nesta entrevista que concedeu ao Universo, na última sexta-feira, dia 8, que o PSD cogita, sim, voltar a disputar o Governo do Estado, em 2022, e confirma que o seu nome está sempre sendo lembrado para o desafio. “Eu fico grato, mas acho que ainda está longe. O governo também tem o nome de Rogério Carvalho, Eliane Aquino, Edvaldo Nogueira…”, entende o deputado, explicando que o projeto será construído e as pesquisas mostrarão quem reúne as melhores condições para o êxito do agrupamento. “Não só de falar com a população melhor, mas também de unificar o agrupamento. É importante que o agrupamento saia coeso para as eleições. Eu jamais, com a responsabilidade que eu tenho com o meu agrupamento político, seria candidato a algo só por vaidade.”
PECs que o Governo Federal enviou para o Senado
Eu entendo que a PEC da Economia é importante para o país. Eu acho que o Brasil precisa dessa retomada de crescimento da geração de emprego. A gente precisa ter menos polêmica e mais política com “P” maiúsculo. O governo pelo menos apresentou uma proposta. Claro que é muito recente e ninguém se debruçou sobre ela… Algo tem que ser feito e, aparentemente, muito do que está sendo proposto é interessante, a exemplo do Pacto Federativo, que eu concordo. É um sonho antigo dos municípios, mas apresenta uma contradição: o Governo Federal apresenta uma proposta de extinguir municípios com menos de 5 mil habitantes que não têm arrecadação própria superior a 10% da arrecadação total. Se no Pacto Federativo atual toda a arrecadação vai para a União, como estes municípios terão arrecadação própria? Esse é o sistema, infelizmente, que o país tem hoje. Além disso, não se levou em conta história, cultura e tradição desses municípios. Eu entendo que a PEC da extinção dos municípios é ruim. Entendo o argumento de alguns, que entendem que vai diminuir o número prefeitos e vereadores, mas eu acho que a economia, neste sentido, não se justifica. Até porque quem absolver vai ter que ampliar o número de vereadores. Tem que ser uma economia financeira, mas nem tudo se resolve dessa forma. Como fica para os servidores serem absolvidos? Em muitos municípios só existem a prefeitura e o bolsa família como fonte de renda. É o que movimenta toda a economia da cidade. Se extinguir aquela prefeitura, vai gerar mais desemprego e faltará renda. Se você perguntar a um morador de Cumbe se quer ser Dorense ou de Feira Nova, por exemplo, é perguntar a um botafoguense se quer ser flamenguista. Vai mexer coma a autoestima da pessoa. Eu sou contra essa proposta. De uma forma geral, eu acho importante a proposição do governo. Algumas coisas eu tenho preocupação, como o que eles chamam de fest treck, que é uma autorização prévia do Congresso para a privatização de forma aleatória. Isso pode, de repente, sem precisar passar mais pela Câmara e pelo Senado, privatizar a Caixa Econômica e a Petrobras. Eu não posso votar nisso. Isso tem que ser revisto. Tem alguns pontos que precisam ser cortados e outros a gente tem que estimular para ajudar a economia brasileira a crescer.
Reforma da Previdência
Para mim, foi um momento muito difícil porque eu tenho um histórico de centro-esquerda, mas eu entendi que o país precisa de uma reforma. Lula fez duas reformas da Previdência, Dilma fez uma, Fernando Henrique fez, Temer tentou. Para garantir a previdência futura dos brasileiros e dos sergipanos, a gente precisava fazer algo. Mas eu não votei feliz porque ela mexe com a vida das pessoas. É como uma mãe que leva o filho ao médico. Ela não leva feliz, mas tem que levar porque quer ver o menino bem. As pessoas dizem que eu mexi e tirei direitos dos trabalhadores. Eu garanti que o Estado de Sergipe não terá que tirar R$ 100 milhões, todo mês, para cobrir o rombo da Previdência. O Estado precisa de R$ 400 milhões para recuperar as rodovias e, em quatro meses, com o rombo da previdência poderia resolver esse problema. As pessoas têm que entender que o que fizemos lá foi devolver ao Estado e ao País a condição de investimento porque estamos pegando toda nossa arrecadação para jogar na Previdência. Há injustiças, mas eu votei contra nos destaques. Infelizmente, a vontade da maioria prevaleceu. Eu entendo que algumas coisas precisavam ser revistas, como o Senado que conseguiu rever o abono salarial, que o governo tinha sido muito rígido. Eu vote contra, mas fui vencido. As questões das viúvas eu também votei contra, mas derrotaram meu voto. De uma forma geral, a reforma é importante e necessária para o país. Eu não fiquei feliz. Eu fiz o que era importante. Estou enfrentando algumas críticas que é natural, mas a grande maioria da sociedade compreendeu que precisava. Muitas pessoas conversam comigo e dizem que, no primeiro momento, ficaram chateadas, mas que hoje entendem. Eu sou do partido do governador de um Estado que passa uma crise forte na Previdência – e o governador me disse que precisava que a reforma fosse aprovada para tirar Sergipe do atoleiro. Aí eu, deputado do partido dele, iria votar contra, consciente da situação? Que aliado sou eu? Eu ouvi algumas críticas de partidos aliados. O governo nosso é PSD e PT. Quando Belivaldo encaminhar a proposta de Reforma da Previdência estadual para a Assembleia, o PT vai encaminhar contra? Para mim, isso é um rompimento. As pessoas querem sempre o melhor. É justo, mas nem sempre o remédio é doce. Às vezes é amargo.
Uso político
Claro. No meu caso, que tenho um perfil de esquerda, que votei contra o impeachment, contra a Reforma Trabalhista, contra a Lei da Terceirização, contra a PEC do Teto e que tenho essa vinculação forte com a esquerda, algumas pessoas estão aproveitando esse momento para desgastar a minha imagem, porque sabem que eu sou um nome que pode disputar um espaço majoritário, em 2022, e tentam me desgastar, mas eu não sou feito de momento. Sou feito de histórico – e minha história é o que conta. O que conta é olhar para trás e ver como Fábio vota, como são meus posicionamentos políticos. É isso que tem que ser levado em consideração ou apenas o voto da Reforma da Previdência vai e rotular? Eu acho que o que vai me julgar são os meus mandatos.
Percepção do jogo político pelo eleitor
As redes sociais, hoje, têm uma função muito importante de divulgar as ações parlamentares. Nossas ações têm um impacto muito importante na sociedade. A gente viu muitas Fake News em relação à Reforma da Previdência, durante a campanha eleitoral também. Infelizmente, algumas pessoas preferem tentar desconstruir a imagem alheia a construir sua própria imagem. Eu lamento isso porque eu trabalho para construir minha imagem de homem sério, trabalhador, de palavra, que cumpro meus compromissos e que tem um agrupamento político.
Oposição cobrando que Belivaldo chegou para resolver
Belivaldo não prometeu milagre. Ele prometeu trabalho e está trabalhado. Belivaldo é um governador detalhista. Ele vai cortando as coisas. Ele não tem medo de enfrentar a própria base. Quando pressionam por mais espaços, ele diz que não pode porque o Estado não tem condições. Às vezes, se encontra até aliados insatisfeitos porque ele tem sido muito rigoroso na gestão do Estado. Mas as coisas não acontecem do dia para a noite. Muito tem sido feito. Se olhar os números de Sergipe, em relação ao governo passado de Jackson, Sergipe vem avançando. A gente vem recuperando capacidade de investimento, arrecadação, mas é uma coisa gradativa. Ninguém vai recuperar o Estado do dia para a noite. O secretariado mudou bastante. A gente vem tendo retorno positivo da sociedade. Eu acho que Belivaldo está agindo certo. Tem que ter paciência porque as coisas estão acontecendo e dependem muito da economia nacional, porque é um estado pequeno. O Brasil tem que levantar pra gente levantar junto e as coisas estão caminhando. Da mesma forma, Bolsonaro, quando chegou ao comando do país, disse que iria resolver tudo. Paulo Guedes era o Posto Ipiranga. O que a gente está vendo é que ainda está engatinhando. Eu torço para que dê certo, mas mostrou que não é tão simples assim. Fizeram agora um mega leilão do Pré-Sal e foi uma vergonha para o país. Quem comprou o Pré-Sal foi a Petrobras. A Folha de S. Paulo estava dizendo que Bolsonaro tinha se irritado porque a Petrobras não quis comprar os outros lotes. Como ninguém quis participar, pela falta de credibilidade do governo, queriam que o próprio país comprasse. Não é fácil para nenhum gestor. Fácil é falar. Pra quem está na oposição jogar pedra é bom demais. Mas estar na pele do gestor é difícil. Belivaldo, quando disse que chegou para resolver, eu entendo que da forma dele e da forma que vem sedo gerido o Estado, ele está resolvendo aos poucos. Ninguém disse que iria resolver no mesmo dia, mas as coisas estão acontecendo. Não dá, por mais que seja nosso adversário, para dizer que o governo está idêntico ao passado. As coisas estão evoluindo. Não porque Jackson era mau gestor, mas porque a crise que Jackson enfrentou foi muito maior que a nossa. Estamos saindo do processo de crise.
Belivaldo sem e com a caneta
É 100% diferente. Temer dizia que o vice era figura decorativa. Eu não acho que Belivaldo era uma figura decorativa. Sempre foi um vice atuante, um aliado de primeira hora de Déda, depois de Jackson, assim como Eliane, hoje, é uma vice que se destaca, mas não tem a caneta. As determinações quem dá é o gestor. O ritmo de trabalho e as decisões mais importantes, quem dá é o governador. Quando Belivaldo assumiu fez a coisa que entendeu ser importante. Colocou o governo mais à sua feição e as coisas começaram a caminhar. Não vai ser do dia para a noite, até porque a crise quando chegou não foi do dia para a noite. Ela foi chegando, se aprofundando, e vai sair da mesma forma. A gente já vê o empresariado começando a investir, o turismo voltando a crescer no estado. Eu acho que o governo tem seus erros, o que é normal. Mas tem acertos. Claro que a oposição não vai dizer que o governo está acertando. Ela vai tentar ilustrar o que está errando. Eu acho bom porque faz parte da política. Se for uma crítica construtiva, a gente avalia e pondera, mas se for uma crítica só por criticar, entra por um ouvido e sai pelo outro. Eu acho que Sergipe vem sempre em primeiro lugar. Eu votei em Haddad, sou Lula, mas estou em Brasília para trabalhar por Sergipe e, se precisar sentar 10 vezes com o presidente Bolsonaro, ou qualquer ministro dele, para trazer recursos para Sergipe, eu vou sentar. A eleição passou. São 45 dias, acabou e você tem que fazer jus ao mandato. Eu estou em Brasília para ajudar meu estado.
Críticas de setores do PT contra Edvaldo
Eu acho que é do processo democrático. O PT tem essa história de cobrança. O PT cobra a ele mesmo. Quando Lula ou Dilma estava no poder, o partido mesmo se cobrava. Mas eu entendo que votamos em Eliane, que é do PT, para vice-prefeita e vice-governadora. Quando Edvaldo assumiu, deu ao PT espaço na gestão, como a Secretaria de Ação Social, a FunCaju. Agora tem o vereador Camilo, que está na Câmara através de uma articulação política da qual eu participei. O PT sempre foi aliado de primeira hora. O que eu não acho que seja salutar são críticas exacerbadas. Mas da forma como eles estão fazendo, eu acho que é do jogo democrático. Cabe a Edvaldo julgar o que ele acha justo ou não. Eu não sou prefeito para julgar.
Gestão Edvaldo
Acho que Edvaldo é o maior gestor de Aracaju, nos últimos 30 anos. Eu nunca vi um volume de obras tão grande quanto esse que Aracaju está tendo. É uma obra que vai da Zona Norte até a 27º. O Centro está em obra, mas o Lamarão também está. O Bugio tem obra, o 17 de Março, o Santa Maria. As pessoas, às vezes, tem uma memória um pouco falha. A prefeitura tinha R$ 540 milhões em dívida, duas folhas atrasadas. A cidade era um caos. Tinha lixo para todo lado. Eu lembro uma matéria, do Nenoticias que dizia que João Alves deveria renunciar para Edvaldo assumir logo porque a cidade estava entregue. Três anos depois, a gente vê uma cidade organizada. O fornecedor está recebendo em dia, o funcionário público recebe em dia. Quem quiser criticar Edvaldo critique por outra coisa, menos por gestão.
Críticas pela obra da Avenida Beira Mar
Toda obra gera incômodo na construção e uma alegria enorme depois de concluída. Quando começou a obra da 13 de Julho, as pessoas reclamaram, falaram que deveria ser a noite. Quando a obra foi ficando pronta, as pessoas ficaram satisfeitas. A empresa está fazendo uma grande obra, mas a prefeitura está fazendo uma grande gestão. Isso é muito importante pra gente. Eu fico feliz em ter um prefeito que cuida da cidade como Edvaldo cuida.
O discurso do pré-candidato Edvaldo
Ele chega com um discurso de quem resolveu, de quem realizou obras, de quem encontrou um pepino e descascou. Ele tem mostrado sua capacidade. Aracaju reconhece Edvaldo nas ruas. Eu ouço uma critica aqui outra lá, mas ninguém pode negar a capacidade de Edvaldo como gestor.
PSD indicar o vice de Edvaldo pensando assumir a PMA com ele disputando o governo, em 2022
Eu acho que para quem está na política especular é um dos hobbies prediletos. A gente está trabalhando e não está muito preocupado em parar para ouvir especulação. Mas eu ouço todo tipo de conjectura… O PSD pleiteia a vice porque e um aliado de primeira hora de Edvaldo. O PSD fez por onde pleitear a vice. Não sei se vamos indicar o vice. Isso é uma decisão de Edvaldo com o agrupamento, no momento certo. Mas a gente tem interesse de pleitear, lá na frente, porque podemos colaborar, que temos bons nomes. O objetivo maior pra gente é ver Edvaldo reeleito porque ninguém vota no vice. Nosso foco é ajudar Edvaldo a fazer uma grande gestão.
Possibilidade de Fábio Mitidieri disputar o governo
Eu acho que 2022 passa por 2020. A gente tem que construir todo dia. Eu sempre digo que o partido não se constrói aos 45 do dia de eleição, mas nos quatro anos. A gente vem construindo o PSD todo dia. A gente senta, reúne, discute diretório por diretório, quem são os nomes importantes para o partido, não só políticos, mas técnicos, e, ao mesmo tempo, abraçar os amigos e aqueles aliados que estão conosco na caminhada. Claro que quando o partido cresce, como o PSD cresceu, tendo hoje o governador do Estado, dois suplentes de senadores, o deputado federal mais votado, quatro deputados estaduais, o maior número de prefeitos, o maior número de vereadores, o presidente da Câmara de Aracaju, são números que impressionam e todo mundo começa a entender que o PSD, mais uma vez, tem condições de disputar o governo e meu nome está sempre sendo lembrado. Eu fico grato, mas acho que ainda está longe. O governo também tem o nome de Rogério Carvalho, que é um grande senador, e tem feito um bom trabalho em Brasília, tem o nome de Eliane Aquino, tem Edvaldo Nogueira, que é um nome preparadíssimo, e tem o meu. Eu acho que todos nós vamos construir e, lá na frente, as pesquisas vão mostrar quem tem condições de unificar, não só de falar com a população melhor, mas também de unificar o agrupamento. É importante que o agrupamento saia coeso para as eleições. Eu jamais, com a responsabilidade que eu tenho com o meu agrupamento político, seria candidato a algo só por vaidade. Eu acho que tem que ser algo construído com a sociedade e com agrupamento. Não dá para pensar em 2022, e esquecer de trabalhar, em 2019. Acho que temos que trabalhar 2019, 2020, trabalhar 2021, o reconhecimento vai sim. A pressa é de quem faz conjecturas. Eu trabalho e, enquanto uns sonham, eu realizo.
Tudo passa por 2020
Sim. Quando abriu a urna, em 2018, eu tive 102.899 votos. Fiquei feliz, anotei o número. Fechou a urna, zerou. Agora, eu tenho que construir tudo de novo. Construir de novo significa estar do lado dos amigos e dos aliados que me deram esta oportunidade. Em 2020, essa é a oportunidade que eu tenho de contribuir, trabalhando pelo meu grupo, pelos meus amigos e por aqueles que me fortalecem para que eu fique mais forte ainda e chegue em 2022 vivo, falando politicamente. Eu posso chegar em 2022 podendo almejar o diferente. Na política, tudo é construído com projeto, com dedicação, com empenho, ouvindo as pessoas, indo às bases, que é o que me deixa muito feliz. Toda sexta, sábado e domingo eu estou no interior, visitando as bases e segunda-feira eu fico em Aracaju atendendo. Eu estou de licença médica, mas fico agoniado porque eu não consigo ficar longe da política, mas tenho que respeitar a decisão médica. Minha licença era de 50 dias, mas conversei com o médico e baixou para 35 dias. Eu vejo um momento como esse que o país está passando, com o pacote econômico sendo apresentado, com a decisão do STF de não permitir prisão após segunda instância, com as coisas acontecendo no estado de Sergipe… Neste momento que estamos conversando (manhã da sexta-feira, dia 8), está sendo realizado um evento na Codevasf de entrega de equipamentos, onde está sendo entregue R$ 3 milhões de emenda minha – e eu não estou lá para entregar. Quem está me representando é minha irmã.
Mandato da deputada estadual Maísa Mitidieri
Graças a Deus, ela tem uma boa escola. Meu pai (o ex-deputado Luís Mitidieri) é uma referência pra gente e cobra muito dela. Maísa tem uma boa cabeça, um bom berço político. Eu acho que ela sabe que precisa estar do lado das pessoas, ouvindo as bases. Ela faz política como eu faço: visitando, acompanhando. Eu estou satisfeito com este primeiro ano dela.
Manchas de óleo?
Eu acho que o problema do Governo Federal é que está mais preocupado em culpar alguém do que resolver o problema. O que estamos vendo, e eu quero parabenizar, é a ação da Prefeitura de Aracaju, da Adema e da sociedade que comprou a briga de limpar suas praias e entendeu o tamanho do problema. Ninguém está livre de acontecer um desastre ambiental. Mas, na hora que um desastre desse acontece, a forma como você reage é o que importa. O que a gente viu foi o Governo do Estado empenhado, os pescadores, a prefeitura, e o Governo Federal tentando procurar a quem culpar e minimizando. Não é hora de se preocupar com isso. É hora de ajudar, buscar o apoio necessário. Eu acho que demorou, mas caiu a ficha. Hoje, a Marinha está envolvida ajudando, o ministro já passou por aqui. Está todo mundo tentando alguma forma de contribuir para evitar que o impacto seja ainda pior para os pescadores, como também para nosso turismo. Hoje, Aracaju já está numa situação bem melhor. As praias já estão praticamente limpas. Aracaju está de braços abertos para receber, e o problema do óleo eu peço a Deus que acabe logo em todo país. Aí, sim, poderemos achar os culpados. Primeiro é hora de agir.
Mandato na Câmara Federal
Este ano é um momento importante do nosso mandato com um Projeto de Lei nosso, de número 399, da Cannabis, que é usada para liberação medicinal. É algo que me deixa muito feliz. Uma comissão especial foi criada na Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei. Isso poucos deputados conseguem e, graças a Deus, eu tive essa honra. Eu acho que o uso medicinal a Cannabis vai salvar vidas e vai trazer alívio para dor de muita gente. Crianças com epilepsia, com câncer, com autismo, vão ter mais qualidade de vida. Eu ouvi relatos de uma mãe dizendo que a filha teve 40 convulsões por dia e passou a fazer uso do medicamento à base de Cannabis e, às vezes, tem uma convulsão por semana. Isso deu alívio para essas pessoas e qualidade de vida e inclusão social para os pais que, muitas vezes, abdicam de suas vidas para cuidar das crianças e, hoje, estão podendo voltar às suas rotinas de trabalho. Para mim, foi esse o grande projeto da minha segunda legislatura e que está me dando alegria e muito orgulho, como também é uma alegria para mim a oportunidade de ser presidente de uma comissão permanente da Câmara. Eu sou de um partido que tem 36 deputados federais, é o 5º maior partido do Brasil, e, entre os 36, escolheram dois para serem presidentes: eu na Comissão de Esportes e o deputado Antônio Brito na Comissão de Seguridade. Para mim é uma honra o reconhecimento do partido pelo trabalho que a gente faz aqui em Sergipe em Brasília.
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