Por Joedson Telles
O Blog Primeira Mão, editado pelo jornalista Eugênio Nascimento, informa que três congressistas asseguram não existir, em Brasília, o debate sobre a possibilidade de a deputada federal Yandra Moura ser nomeada ministra do Turismo. “Isso é blefe para alimentar o ego da parte politicamente interessada”, disse ao blog um deles. O diabo é que este congressista não revela quem seria a tal “parte politicamente interessada”.
Analisando pela lógica do interesse que domina a política, chega-se à conclusão óbvia que tanto o governo Lula tem interesse em amarrar o voto do UB (que, segundo setores da imprensa, escolheu Yandra como representante) como uma deputada de primeiro mandato tende a encarar como uma excelente oportunidade de projeção política assumir um ministério.
Criador da criatura, literalmente, o ex-deputado federal André Moura já mostrou que não pode ser subestimado, quando o assunto é construir acordos surpreendentes. Foi assim, por exemplo, quando assumiu a liderança do então presidente Michel Temer, na Câmara Federal, e, posteriormente, no Congresso. E, evidentemente, é difícil imaginar essa história de Yandra sem a sua participação.
Aliás, talvez isso explique porque os congressistas optaram pelo off. Assumir publicamente que “isso é um blefe” é correr o risco de Yandra assumir o Ministério e desmoralizar a informação.
O fato é que, sendo ou não nomeada ministra, Yandra já contabiliza positivamente. Puxe pela memória, você que lê este texto, há quantos dias ela ocupa o jornalismo político de Sergipe… Há uma espécie de rodízio não programado a mantê-la em evidência.
Acredito que depois do prefeito Edvaldo Nogueira, Yandra Moura é a política de Sergipe que mais vem ocupando espaço na mídia e nas redes socais, nos últimos dias. Se brincar, mais até que o governador Fábio Mitidieri.
Nada mau para quem é nova no meio e tem o nome ventilado para disputar as eleições 2024. Já há setores da mídia, inclusive, bancando que ela é pré-candidata a prefeita de Nossa Senhora do Socorro. Bom, holofotes não faltam.
