Por Joedson Telles
Vem cá: e o governador Jackson Barreto não anunciou que, até o final do ano passado, faria uma reforma no seu secretariado? Esqueceu, foi? Ou jogou para a galera? Estava tirando um sarro da cara do sergipano? Seu governo continua fraco e deixando a desejar em várias áreas.
Que diabo está faltando para que o governador mande para casa a turma que o deputado estadual Robson Viana denunciou como peso morto? Gente que já deu o que tinha que dar. Se é que deu… Ou Jackson chama de reforma trocar apenas o secretário de Justiça?
Se brincar, o governador, não se sabe quando, vai nomear ou remanejar alguém para a Saúde, fará o mesmo com a Fazenda e mais uma ou duas mudanças no seu governo, que não surtirão efeito, diga-se, e só. Quer apostar?
Estamos falando de Jackson Barreto, amigo. De um governador que, entre contrariar seu grupo e sacrificar o coletivo, nem pensa duas vezes. Quaisquer problemas frente os quais ele não tenha argumentos, o que não é muito difícil, sai da parede rapidinho tirando uma onda como aquela dos óculos do Sintese, de senador ser gagá, Mr Bean…
O pior é que ainda tem gente para dar risada com isso. Não um professor ou outro maltratado servidor público, claro. Um aposentado ou um pensionista nem é bom falar. Só se não tiver vergonha na cara. Mas que tem gente pouco se importando com o governo pífio e que acha graça se brincar com coisa séria, isso tem.
O fato é que Jackson Barreto apreendeu uma jogada que vem dando certo junto ao eleitor e se acha na chamada zona de conforto – seja para disputar o Senado ou, principalmente, para se aposentar com a pensão, nada mal, de ex-governador. Soa aquela brincadeira: meu nome é “Nem tô”. “Tô nem aí”.
Com essa moda de candidatura calçada na desconstrução do adversário, uma fatia considerável do eleitor espelha embrutecimento, quando o assunto é analisar de quem partem certas críticas. Quais os interesses que estão ocultos. Qual o bom exemplo de quem está a desconstruir. Nada disso é levado a sério.