“Por que não? Todas as pesquisas indicam que ele tem uma situação privilegiada. E a opinião da população tem que ser levada em conta”
Por Joedson Telles
O deputado federal Mendonça Prado (DEM) faz suas apostas para as eleições de 2014 e, deixa manifesto que, se a decisão fosse tomada neste momento, o prefeito de Aracaju João Alves Filho (DEM), não deveria estar no palanque do senador Eduardo Amorim (PSC), provável candidato ao governo, tampouco ao lado do vice-governador Jackson Barreto (PMDB), que já admite ser pré-candidato. Mendonça defende que o próprio João Alves Filho (DEM) tente governar o Estado pela quarta vez. O parlamentar pondera que o grupo não discute 2014 neste momento, mas não esconde evidências.
“O ideal é que o Democratas tenha candidatura própria, para que o povo seja contemplado com mais uma opção. Para que o povo possa assimilar as nossas ideias e julgar as nossas ações políticas. Mas nada disso está sendo pensado agora. É uma vontade dos integrantes na nossa agremiação. O Democratas tem um nome extraordinário, que é o prefeito de Aracaju, João Alves. Por que não? Todas as pesquisas indicam que ele tem uma situação privilegiada. E a opinião da população, explicitada através das pesquisas de opinião pública, tem que ser levada em conta, na hora da escolha. Algumas pessoas vão criticar o fato de João Alves se descompatibilizar (do cargo de prefeito para ter direito de ser candidato), mas já houve outros casos. Pessoas que se descompatibilizaram e fizeram gestões excelentes no cargo seguinte. Almejo que Sergipe seja bem administrado, e melhor ainda se for por um político filiado ao Democratas”, disse.
Mendonça Prado observou que, no momento, há dois candidatos (pré-candidatos) declarados: Jackson Barreto e Eduardo Amorim, mas o DEM não tem opção por nenhuma das duas candidaturas. “A nossa opção é fortalecer o partido, fazendo críticas ao Partido dos Trabalhadores que está no governo. Mas não podemos fazer oposição só criticando, sem colaborar. Queremos mostrar os erros e apontar soluções. A posição do DEM não será definida agora. Está muito cedo. Decisões de 2014, só em 2014. É o que tem dito o nosso prefeito”, disse.
Ao ser provocado sobre o fato de a animosidade flagrante entre ele e os irmãos Amorim, e se isso poderia inviabilizar uma aliança para 2014, Mendonça voltou a disparar a metralhadora contra os desafetos. “Não há animosidade entre pessoas. Há contestações sobre comportamentos. Falamos tanto em política com honestidade, defendendo o povo. O que você acha de votar em grupo comandado por pessoas que se defendem de estelionato? De formação de quadrilha? De crime contra o meio ambiente? Isso não é questão de animosidade, mas de cidadania. Isso é óbice para uma aliança com qualquer partido sério”, entende.
Mendonça Prado acredita ainda que as críticas históricas feitas pelo vice-governador Jackson Barreto ao prefeito de Aracaju, João Alves, também precisam ser analisadas pelo eleitor, que terá a oportunidade de atestar ou não a coerência do DEM. “Todos os fatos devem ser levados em conta para que o partido tome uma posição. Todos os aspectos devem ser levados em conta para que a população veja se o partido age com correção ou não. Acho que nada pode ser esquecido”, disse.
Provocado sobre a possibilidade de João Alves não deixar a PMA e ele mesmo, Mendonça Prado, ser o nome do DEM na eleição para o governo do Estado, Mendonça explicou que não pensa em nenhuma candidatura no momento, mas em tocar seu mandato e fortalecer o partido. “Eu tenho a exata dimensão do tamanho da minha estatura política. Não tenho condições, neste momento, de ser candidato a um cargo maior. As minhas pretensões e continuar trabalhando com humildade e seriedade. Não há nenhuma perspectivas de mudar as minhas intenções. Faço meu trabalho, e o momento surge”, diz.