“Houve um erro de avaliação e de interpretação do que diz a Constituição do País”, diz
Único parlamentar sergipano a votar favorável à Proposta de Emenda à Constituição nº 37, a PEC 37,que visava dar exclusividade à Polícia Judiciária no tocante à investigação criminal, mas acabou rejeitada pela Câmara Federal, o deputado federal Mendonça Prado (DEM) foi homenageado pelos delegados de Polícia Civil de Sergipe pela postura coerente, na manhã desta terça-feira 2, no Hotel Aquários, orla da Praia de Atalaia, em Aracaju. Mendonça explicou que votou favorável à PEC, que exclui o Ministério Público Estadual e Federal do papel de investigar os crimes pelo fato de ser o próprio MP quem tenha justamente o papel de acusador.
“A Sociedade brasileira foi enganada. O que queremos é que o Estado Brasileiro tenha instituições fortes. O MP forte, mas as polícias fortíssimas também. Houve um erro de avaliação e de interpretação do que diz a Constituição do País: o MP acusa, o advogado faz a defesa, a polícia investiga e o juiz julga. O que se quer é a delimitação do papel das instituições para o que Estado Brasileiro seja mais eficiente, e a sociedade mais bem atendida pelos seus agentes públicos. Queremos que aquele que estuda e se prepara para fazer a investigação, faça. E o MP fiscalize, que elabore a denúncia com os dados do inquérito policial”, explicou Mendonça.
Mendonça acredita que a parte da sociedade que se deixou levar pela publicidade equivocada de que quem estava a favor da PEC 37 estava a favor da impunidade e contra o MP, com o tempo, vai entender que isso não é verdade. “Mendonça Prado é o deputado que mais ajudou ao MP. Nos últimos dois anos indiquei duas emendas que somadas dão mais de R$ 30 milhões para a construção da sede do Ministério Público Federal. Só este gesto já demonstra que sou um parceiro do MP. Agora, em nome dessa parceria que tenho com o MP, não posso esquecer os ensinamentos da faculdade de direito. De ler de forma correra a Constituição do Brasil”, disse Mendonça.