Em pronunciamento no Senado da República, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) registrou a sua preocupação com os números de incidência de câncer no Brasil previstos para o biênio 2018 e 2019. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), no início desta semana. De acordo com o estudo, são esperados cerca de 600 mil novos casos da doença nesse período. “São números muito expressivos e que vêm sofrendo um crescimento mundial, na última década, de até 20%, tornando o câncer uma das principais causas de morte, ao lado das doenças cardiovasculares”, disse a senadora Maria do Carmo.
Ela ressaltou que, pelo levantamento, o Brasil espera para até o final de 2019 a ocorrência de mais de 1,2 milhão de novos casos da doença. “Esse número reflete o tamanho da tragédia humana que várias famílias brasileiras enfrentarão”, sinalizou Maria do Carmo, ressaltando que, além do sofrimento dos doentes e de suas famílias, a morte prematura causada pelo câncer representa um impacto na produtividade dos países, principalmente, entre aqueles que estão em desenvolvimento, como o Brasil, de dezenas de bilhões de dólares.
Para ela, “isso nos dá bem uma ideia de quanto deveríamos dedicar para ações de saúde pública, não só para tratamento, mas, principalmente para a prevenção dessa doença”. O próprio Inca, observou a parlamentar democrata, apresenta como medida preventiva a manutenção de hábitos saudáveis, como prática regular de exercícios físicos e a alimentação natural e orgânica. “Pessoalmente, tenho insistido muito na promoção da alimentação saudável, não só em Sergipe, onde já pude implementar ações de saúde pública no âmbito do executivo estadual e municipal, em nossa capital, mas também a nível federal, aqui no Senado”.
Neste caso, a senadora se reportou especificamente ao Projeto de Lei de sua autoria que estimula o cultivo de hortas orgânicas nos presídios e que está sendo apreciado pelo Senado. “Além dos inúmeros benefícios que traz aos presos, de ressocialização, diminuição da pena e ocupação terapêutica, é grande aliado na saúde preventiva”, justificou Maria do Carmo, ao parabenizar toda a equipe do Inca por manter a regularidade do estudo, que é uma importante ferramenta na vigilância dos casos de câncer no Brasil e na definição de políticas públicas, respeitando as diferenças regionais que a doença apresenta em suas ocorrências.
Os números – De acordo com o Inca, o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país. A segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres. Considerado menos letal, segundo o estudo, o câncer de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos diagnosticados por ano.
Se esses casos não forem levados em consideração, as mulheres brasileiras terão como tipos de câncer mais incidentes o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil).
Entre os homens, a próstata é a parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos, seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil.
Enviado pela assessoria