Por Valter Lima
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, participou na manhã de hoje, 4, no Paraná, da terceira edição da Jornada da Natureza, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e que teve início em 2 de junho. O evento segue até o dia 8 e integra ações de formação e práticas voltadas à emergência climática e à conservação ambiental, abrangendo diversos municípios paranaenses.
O ministro Márcio Macêdo participou da semeadura aérea de 21 toneladas de sementes de palmeira juçara. A ação tem como objetivo recuperar áreas degradadas e gerar renda para as famílias assentadas. “Essa é uma experiência extraordinária, porque une duas coisas muito importantes, a preservação ambiental e a semeadura de plantas nativas, a Araucária, e a Juçara, que é uma planta economicamente muito explorada, que vai gerar renda junto com a preservação ambiental”, disse Macêdo.
Ele destacou ainda a tecnologia aplicada à semeadura desenvolvida com a Universidade Federal do Paraná, em que a semente é envolvida numa cápsula de mandioca, biodegradável que protege a semente até florescer. As sementes foram lançadas com apoio de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O ministro participou da Jornada acompanhado da secretária-executiva da SGPR, Kelli Mafort, e da secretária nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas, Kenarik Boujikian.
Clarice Pereira Aguiar, produtora rural da região, acredita na importância da semeadura para o meio ambiente, “principalmente, porque existem várias áreas degradadas que estão se reflorestando novamente”. “E, esse reflorestamento, está agregando a renda para as famílias. Isso é muito importante para a gente aqui do meio rural, para os pequenos agricultores familiares, não precisar ir buscar renda fora,” explicou.
Além da semeadura de juçara, outras dezenas de ações vão acontecer em diversos municípios do estado: serão cerca de 20 oficinas e atividades práticas de recuperação de nascentes e de áreas degradadas, produção em agrofloresta, manejo e proteção do solo, homeopatia na Produção Animal, produção de mudas de erva mate, prevenção à deriva de agrotóxico e à influenza aviária, entre outras.
O encerramento da Jornada terá como ação principal a inauguração de um viveiro de mudas e horto medicinal no assentamento Contestado, na Lapa. O viveiro terá capacidade para produção de 100 mil mudas por ano, com foco em espécies da floresta ombrófila mista, a conhecida floresta de araucárias. Já o horto de plantas bioativas prevê a produção de 5 mil mudas por ano, além de ser espaço pedagógico para o aprendizado para o cultivo de matrizes, manejo e propagação das espécies e produção de matéria-prima para fitoterápicos. Esta ação integra o projeto Bem Viver, que desenvolve capacitações e implantação de práticas agroecológicas e agroflorestais, em todo o estado. O projeto é resultado da parceria entre o Instituto Contestado de Agroecologia (ICA) e a Itaipu Binacional, por meio do Programa Mais que Energia, alinhado ao governo federal.
Enviado pela assessoria