Ele lembra que aliados de Eduardo Amorim já descartaram seu nome
“Conversando em busca do conforto”. Esta frase norteia a vida política do vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado, desde que o PSDB de Sergipe foi oferecido ao senador Eduardo Amorim – que está deixando o PSC para comandar a nova legenda. Machado não esconde que seu foco é que o partido assuma o compromisso de apoiar o projeto de reeleição do prefeito João Alves Filho (DEM), que ainda não se declarou pré-candidato, e, óbvio, gostaria de continuar como vice-prefeito, caso João Alves, no devido momento, oficialize sua candidatura.
“Eu quero o melhor para o PSDB, que não pode abrir mão de um senador como Eduardo Amorim, com três anos de mandato pela frente – podendo ser candidato ao Senado ou ao Governo do Estado. Qualquer partido gostaria de tê-lo. Agora, eu para estar no PSDB preciso ter o mínimo de conforto na convivência com os novos. Então, estamos conversando, e tenho a impressão que vamos chegar a um denominador comum”, disse Machado, observando que o desconforto não vem do senador Eduardo Amorim, com quem conversou várias vezes durante todo o processo.
Referindo-se a outros políticos do grupo do senador Eduardo Amorim, contudo, Machado afirmou que não pode estar num ambiente conflituoso. “Nunca escondi da imprensa o meu compromisso com a (pré) candidatura de João Alves. O PSDB deve pleitear a vice, e eu não posso ser excluído antecipadamente. E setores aliados ao senador Eduardo Amorim já me excluiu. O deputado André Moura disse com clareza que eu não teria chance alguma de continuar vice de João Alves”, lamentou Machado, lembrando que sempre admirou André, inclusive votando em seu pai, Reinaldo Moura, para deputado estadual, em 2014. “Isso já é uma demonstração de desconforto. Vou ter que enfrentar. A decisão é minha. Vamos continuar conversando.”