Por Joedson Telles
O jornalista Lyderwan Santos apresentando o Jornal Nacional sentado na cadeira que o telespectador se acostumou a ver o jornalista consagrado William Bonner, no último sábado, mandando bem demais, mexeu com Sergipe e agitou as redes sociais. Aliás, antes e depois da participação do jovem comunicador na tela nacional de maior audiência, não faltaram comentários. O assunto viralizou, e a maioria dos juízos são positivos. A febre, no entanto, merece alguns retoques, mesmo num espaço político. Vamos lá…
Cito, pra resumir o lado negativo, um dos comentários mais repetidos pelos ranzinzas frustrados: “Ele não é sergipano. Nasceu em Governador Valadares (MG). Deveriam ter escolhido outra pessoa”. Argumento pequeno, pobre, fraco… Coisa de quem tem complexo de vira lata. De quem não sabe o que diz. Coisa de invejoso, sabe?
Primeiro que pelo tempo que Lyderwan vive em Sergipe e presta um serviço importantíssimo como comunicador, ajudando no desenvolvimento do estado, é sergipano, sim senhor e senhora. E se não tiver ainda títulos de cidadão aracajuano e sergipano é um pecado imperdoável na conta dos vereadores e deputados, que homenageiam, muitas vezes, quem não merece e cometem lapsos, esquecendo sergipanos verdadeiros por amor ao estado, como Lyderwan. Mas confesso minha ignorância sobre o assunto: Lyderwan pode já ter sido homenageado e a memória me trair…
Segundo que ser sergipano é diferente de nascer em Sergipe. Amou e respeitou este estado com ações é sergipano. E vale o oposto: nasceu aqui, mas amealha ações que não ajudam em nada, até envergonham Sergipe, não é sergipano. Desconhece o amor pela terra. Este tipo de gente peso morto, inclusive, deveria vazar de Sergipe. Abrir mais espaço para que nascidos em outros estados tivessem mais oportunidades de demonstrar amor e respeito por Sergipe, como Lyderwan e tantos outros que estão na mesma posição já provaram na prática…
Voltando à febre, Sergipe foi muito bem representado. Globais e pessoas como este jornalista, que só assistem na Globo aos jogos do Flamengo (assim mesmo se não for narrado por Galvão), por questões óbvias, estávamos todos – ou quase todos – ligados na TV dos Marinhos para atestar como o sergipano iria se sair.
Particularmente, torci pelo colega, que, repito, mandou bem demais. Parecia o Lyder à vontade, nas manhãs da genuína TV Sergipe apresentando o Bom Dia. Mas, evidente, há quem não tenha gostado. Paciência. Nem Jesus…
Por outra lado, e o jornalista, óbvio, não tem a mínima culpa, claro que não seria motivo para tanta agitação. Sensacionalismo. O excesso sempre põe a inteligência em xeque.
Evidente que foi e será sempre um momento ímpar e justo da carreira de Lyderwan. Mas a vida dos sergipanos não vai melhorar em nada por isso. Não resolvemos a questão da previdência. Não asseguramos um aumento de 50% no vencimento do servidor público. Ainda não será desta vez que Sergipe terá um hospital de primeiro mundo para tratar pacientes com câncer… Faltou equilíbrio para entender isso. Faltou torcer por um sergipano competente e carismático sem tentar fazer o episódio maior do que de fato o é. Coisas de Sergipe.