O deputado estadual Francisco Gualberto (PT), vice-presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, classificou como injustas e equivocadas as criticas feitas pelo economista Luiz Moura, coordenador estadual do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ao crescimento da folha salarial do governo do Estado. Para Moura, não se justifica o aumento da folha por não ter tido aumento salarial para o servidor público. “A verdade é que não teve reajuste linear. Mas vários outros fatores geraram o aumento da folha”, disse Gualberto.
Em entrevista à TV Atalaia, o economista disse que não compreende o aumento da folha salarial do Estado sem que houvesse reajuste para os professores. Disse ainda que se trata de uma negativa proposital do governo para justificar a falta de reajuste dos salários dos servidores por mais um ano. “É um equívoco”, frisou Gualberto. “Não pode o coordenador de uma instituição respeitável como o Dieese informar para a sociedade sergipana o que ele informou. Dizer que entendia o aumento da folha salarial como uma manobra do governo não foi correto”.
Após garantir que tem profundo respeito pelo Dieese, órgão que ajudou a trazer para Sergipe, junto com Rômulo Rodrigues e outros sindicalistas da CUT/SE, Francisco Gualberto relatou algumas situações que justificam o reajuste da folha salarial. Entre elas, negociações favoráveis aos professores que significaram aumento de R$ 144 milhões na folha salarial, com pagamento iniciado em dezembro de 2018. Citou ainda uma negociação em relação ao soldo dos policiais militares, o que representou mais de R$ 3 milhões por mês na folha. Assim como o aumento vegetativo da folha de pagamento, que é natural.
“Um técnico do Dieese precisa estudar bem as matérias e apresentar números corretos à sociedade. Não pode fazer suposição”, afirmou Gualberto. Para o deputado, se Luiz Moura tivesse dito que a folha aumentou sem que houvesse reajuste linear para os servidores públicos, aí sim estaria correto. “Ninguém poderia desmentir”, garante, lembrando que o reajuste dos professores citado por ele não foi dado de forma escondida, nem tampouco as demais negociações com as demais categorias de servidores para reparação de perdas ou similares. “Que se repare a injustiça para que a sociedade sergipana possa receber as informações verdadeiras”, disse Francisco Gualberto.
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