Gualberto: indagando qual a mágica
Por Joedson Telles
O fato de 14 partidos políticos estarem reunidos em Sergipe em torno de um mesmo projeto, e sob a batuta do senador Eduardo Amorim (PSC) e do seu irmão, o empresário Edivan Amorim (PTB), vem incomodando o ex-líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT). O parlamentar usou a tribuna, na tarde desta segunda-feira 30, para lamentar que nenhum homem no Brasil tenha conseguido feito idêntico.
“Não tem registro na história do Brasil que um empresário é dono de 14 partidos. Um escândalo. Tem que ter uma mágica, pois cada partido tem o seu estatuto. Consegue hipnotizar, convencer…”, disse.
Para aliados do empresário Edivan Amorim, a lamentação não passa do que o lugar comum define como “dor de cotovelo”. Em palanque oposto, Gualberto estaria preocupado, inclusive, com o tempo da propaganda eleitoral na TV. “A palavra de Amorim pesa mais que a caneta do governador”, disse o líder da oposição na Casa, o deputado estadual Venâncio Fonseca, quando do evento realizado, na última sexta-feira 27, reunindo todos os partidos do grupo aliado de Amorim.
“Estes partidos que (o deputado Francisco Gualberto) tanto critica deram a vitória ao seu (Gualberto) governo. Só o senador Eduardo Amorim teve mais de 100 mil votos de frente do seu governador. Estão hoje sentados na cadeira de governador por cota destes partidos que estão na oposição. Aqui não tem criança é o jogo político. Agora, se o governo acabou… Liderar governo fraco ninguém aguenta. Tem uma hora que não tem mais argumento”, disse Venâncio.
