Por Joedson Telles
O deputado federal Laércio Oliveira ratifica sua maturidade política todas as vezes que é provocado sobre uma pré-candidatura sua ao Governo do Estado, em 2022, e reforça que a escolha do nome precisa atestar a harmonia do bloco. O deputado descarta a primeira pessoa e conjuga o verbo no plural.
Laércio está pronto para o desafio. Já amealhou experiencias política e de vida suficientes para sentar na cadeira de governador e corresponder expectativas. Provou ser um bom político – e é, sem dúvida, um dos melhores nomes para a disputa.
Todavia, em política, sobretudo em se tratando de um projeto majoritário, não se transita do individual ao coletivo com destreza. O chamado convencimento precisa existir.
O grupo tem, evidentemente, outros nomes que sonham com o Governo do Estado, e têm qualidades também. Vão tentar convencer. E não tenham dúvidas: há ainda quem não reúna sequer condições para a eventual disputa, mas, nem por isso, deixará de colocar a cabeça pra fora. Tem outros interesses e barganhar é o estilo.
Desta forma, Laércio, se decidir pela pré-candidatura, no momento oportuno, precisará demonstrar habilidade na articulação em prol do seu nome. A persuasão não será exitosa, tenham certeza, apenas por meio das qualidades do postulante. Do seu perfil. Demonstrar densidade eleitoral, via pesquisas, terá grande importância, mas ainda não será o suficiente para que o martelo seja batido.
Será preciso o “algo a mais da política”. Só muita conversa pode resolver. Muitas horas de prosa. Inclusive para desarmar vaidades e interesses individuais. Será assim. E se não fosse assim não seria a tal da política. A luta por espaços.
P.S. Vale lembrar que será uma eleição, se governador Belivaldo Chagas estiver no cargo, e outra de arrumações bem diferentes, se ele não estiver no cargo. Com a bola o tempo.