A Câmara dos deputados lançou a Frente Parlamentar de Defesa e Desenvolvimento do Rio São Francisco. O grupo de parlamentares tem o objetivo de abrir um espaço para debate permanente sobre a situação enfrentada pelo Velho Chico.
De acordo com o deputado federal Laércio Oliveira, a Frente vai realizar nos próximos dias um seminário, e formalizar um grupo de trabalho com vistas a debater uma proposta a ser encaminhada ao Ministério da Integração e Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), para recuperação do rio.
A seca no Rio São Francisco atingiu a situação mais crítica da história. Se não chover nos próximos meses, a Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, vai perder a capacidade de gerar de energia. O reservatório de Sobradinho está com 20% da capacidade de armazenamento, que é de 34 bilhões de metros cúbicos. Desde a semana passada, a Chesf mantém a vazão entre 900 e mil metros cúbicos por segundo. Na hidrelétrica de Xingó, só três das seis turbinas estão funcionando.
O Jornal Nacional desta segunda-feira, 15, esteve a seis quilômetros abaixo da represa de Xingó, em Sergipe, e a região ainda faz parte do cânion. O problema no local são as pedras que antes ficavam todas cobertas no fundo do rio e que agora estão à mostra e fica cada vez mais difícil de navegar pela região.
A hidrovia do São Francisco em Petrolina, Pernambuco, já foi uma das mais importantes do país. Tanto que foi preciso construir uma eclusa para passar embarcações grandes, cheias de grãos. Mas nos últimos anos ela muito pouco é usada. A navegação pelo local diminuiu 70%. Embarcações que antes transportavam quatro mil toneladas de grãos por viagem estão paradas no porto de Petrolina há mais de um ano. Quase cem trabalhadores foram demitidos.
