O deputado federal Laércio Oliveira (Solidariedade/SE) lamentou o veto ao fim do fator previdenciário pela presidente Dilma Rousseff. O Congresso tinha aprovado a alternativa ao trabalhador na hora da aposentadoria de aplicar a regra 85/95 em vez do fator previdenciário para o cálculo de seus rendimentos.
A regra 85/95 previa que a mulher poderá se aposentar quando a soma de sua idade com o tempo de contribuição for 85; no caso do homem, o resultado dessa soma deve ser 95. Com essa fórmula, a aposentadoria seria integral em relação ao salário de contribuição.
“É um contrassenso o governo dizer ter a perspectiva de distribuir renda e vetar o fim do Fator previdenciário porque ele penaliza especialmente aquela faixa econômica dos que começam a trabalhar mais cedo, leia-se: os de menor poder aquisitivo. Qual a lógica em distribuir bolsas garantindo avanço socioeconômico aos extratos menos favorecidos e, ao mesmo tempo, relegar a uma qualidade de vida inferior aqueles que já deram seu quinhão de contribuições ao desenvolvimento do país, pela via do trabalho. O fator previdenciário só atinge o regime geral da Previdência. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário, cujo teto é de R$ 33 mil não pegam o fator previdenciário. Só quem pega é quem ganha até R$ 3 ou R$ 4 mil”, disse Laércio.
“Mexer na aposentadoria é mexer na vida das pessoas. A luta é pelos aposentados. Por que eles têm que ter queda de renda justamente nessa fase da vida que eles mais precisam de recursos para comprar remédios e cuidar da saúde? É um desrespeito aos nossos idosos”, afirmou Laércio Oliveira.
“Mesmo que venha a apresentar qualquer outro projeto para retardar a aposentadoria dos trabalhadores, nós do Solidariedade, e os aposentados vamos trabalhar ainda mais para sensibilizar deputados e senadores a derrubar mais esse veto de Dilma a um projeto que beneficia quem trabalha”, afirmou o deputado federal Paulinho da Força (SP).