Em assembleia realizada na noite da última terça-feira 12, jornalistas e radialistas de Sergipe aprovaram a nova contraproposta apresentada pelo sindicato patronal. Pela proposta apresentada pelos empresários, o piso salarial das duas categorias será reajustado em 8%, retroativo ao mês de maio, data base dos comunicadores. A diferença não paga neste período será creditada aos trabalhadores em duas parcelas, sobre os salários de janeiro e fevereiro de 2014.
O sindicato patronal também atendeu a uma antiga reivindicação dos radialistas, que é a criação do piso salarial para os trabalhadores da área administrativa de rádio e TV, estipulado inicialmente em R$ 750,00, também retroativo a maio.
Os patrões também se prontificaram a atender outra reivindicação das duas categorias: instalação de equipamento de vigilância eletrônica nas dependências das empresas de comunicação, objetivando dar maior segurança aos profissionais no desempenho de suas atividades.
Outras duas reivindicações, a tabela para os jornalistas e o plano de saúde (médico e odontológico), serão discutidas posteriormente entre os três sindicatos.
Na avaliação dos presentes à assembleia, que aconteceu na sede do Sindicato dos Radialistas, houve um mínimo avanço no ponto de reajuste salarial, com ganho real de quase 1,5%, percentual acima da inflação.
Para o jornalista e radialista Paulo Sousa, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (SINDIJOR), a contraproposta patronal representa ganho real no bolso dos jornalistas, mesmo não sendo o reajuste que as duas categorias desejavam e merecem.
“Apesar das dificuldades que as duas categorias encontraram nesse período de negociação, acredito que conseguimos avançar, mesmo não sendo o reajuste que queríamos e merecemos. De qualquer forma foi muito importante o diálogo dos dois sindicatos com os empresários da comunicação. Mostramos a eles que era preciso avançar e valorizar os jornalistas e radialistas. Posso dizer que avançamos no que foi possível”, analisa Paulo.
O presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe (Sterts), Fernando Cabral, também avalia como um avanço a contraproposta patronal. Ele atribui o ganho real obtido nesta convenção a união das duas categorias.
“Acho que nós conseguimos avançar em nossa convenção coletiva. Não foi tudo que nós queríamos, mas é um avanço que não pode ser negado. E tenho certeza que as duas categorias permanecendo unidas em 2104, vamos avançar muito mais. É preciso que os patrões reconheçam a importância dos comunicadores de Sergipe e adotem uma política de valorização constante. É bom para nós trabalhadores e para os patrões também”, avalia Cabral.
Com a aprovação da contraproposta pelas duas categorias, a convenção será assinada pelos três sindicatos em reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).
Enviado pela Ascom do SINDIJOR