O deputado federal João Daniel (PT/SE) participou da abertura da 5ª Marcha das Margaridas. Milhares de mulheres trabalhadoras do campo estiveram no ato, realizado na noite de terça-feira, dia 11, no Estádio Nacional Mané Garrincha, que contou com a participação do ex-presidente Lula. O deputado destacou a importância da Marcha, que recupera a esperança das mulheres brasileiras do campo e da cidade para a construção de uma grande nação, livre, justa e soberana.
“E lá pudemos ouvir do nosso maior líder popular, o presidente Lula, que vai rodar o Brasil para debater e defender a democracia e continuar avançando no grande processo desse país de inclusão dos mais pobres, para que tenham direitos e dignidade”, ressaltou João Daniel, em pronunciamento na sessão desta quarta-feira, dia 12. Uma sessão solene conjunta foi realizada no Senado em homenagem à Marcha das Margaridas, que leva esse nome em homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, que lutou contra a exploração no campo e pelos direitos dos trabalhadores e foi assassinada há 32 anos pela força do latifúndio.
O deputado saudou as mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta de todo Brasil que participam da Marcha das Margaridas. O ato, destacou o parlamentar, leva as reivindicações das mulheres, especialmente contra a violência e por uma política voltada para a agricultura, para a reforma agrária e para as mulheres do campo. “Em nome de Lúcia Moura, dirigente nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), de Solange Ferreira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura em Sergipe (Fetase), e Ivânia Pereira, dirigente da CTB/SE, parabenizo todas as mulheres trabalhadoras”, disse, ao acrescentar que espera que possam sair boas notícias do encontro com a presidenta Dilma Rousseff, no encerramento da Marcha das Margaridas, no Mané Garrincha, na tarde dessa quarta.
A estimativa é que cerca de 70 mil mulheres participam da Marcha, considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta no mundo. Segundo o deputado, esse ano, a Marcha acontece num momento delicado para a conjuntura política do país. “O objetivo é apresentar uma pauta de reivindicações que atenda às necessidades das mulheres que vivem e trabalham no campo e se contrapor ao conservadorismo político atual, que pode levar ao retrocesso das conquistas históricas dos trabalhadores brasileiros”, destacou.
De acordo com João Daniel, entre as principais pautas apresentadas durante esse ato estão a luta contra a violência contra as mulheres; direito à terra e ao território; redução do uso de agrotóxico; mudança no decreto que regulamenta a pesca artesanal; acesso água; mais creches; educação no campo; programa nacional de atenção integral a saúde da mulher; mesa de diálogo sobre o impacto dos grandes projetos do PAC, entre outros pontos. A Marcha leva esse nome em homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, que lutou contra a exploração no campo e pelos direitos dos trabalhadores e foi assassinada, em 1983, por usineiros da Paraíba.
O deputado acrescentou que nos últimos meses o conservadorismo em diversos setores da política tem dificultado o acesso das mulheres a uma série direitos, como o direito a educação, participação igualitária na política e ocupação de cargos nas esferas decisórias do país, além de colocar em risco direitos sociais já conquistados e a própria democracia. “Esses ataques são um reflexo das diversas formas de violência dirigidas às mulheres no Brasil. Um ataque que vai além do que está sendo verbalizado. Os movimentos sociais não devem deixar de cobrar o governo federal para que reveja posições na área econômica que estão comprometendo o orçamento de políticas públicas e o crescimento econômico”, disse.