Por Joedson Telles
“… se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso…” – Gálatas 1: 4 (ARA).
A obra voluntária de Cristo Jesus na cruz foi o incalculável preço pago pelos pecados do seu povo; e quando o apóstolo Paulo usa o vocábulo “desarraigar” (resgatar, na tradução NVI), na mesma frase, convida à reflexão sobre o sacrifício feito em prol de inimigos de Deus e íntimos do mundo mau (Tiago 4: 4). Como explicar este amor?
“Desarraigar” é arrancar com raiz. Mudança total. Conversão. Liberdade da escravidão do pecado. Livramento da culpa e punição. Não é possível, portanto, ser resgatado por Jesus, viver o seu senhorio, ter reconciliação com Deus, mas ser amigo do mundo.
A palavra mundo no contexto grego empregado por Paulo, em Gálatas 1: 4, remete a tempo. Ele focou num tempo mau. Um mundo em pecado. O que os teólogos definem como depravação total. Em Romanos 1: 29-31, o apóstolo descreve de forma didática a situação do mundo.
“Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis”. Nos versículos anteriores, 26 e 27, ele reprova também pecados lascivos.
É deste mundo atolado no pecado que Jesus resgata as suas ovelhas. Ninguém é resgatado se não estiver em perigo; e o perigo aqui é a morte eterna. O próprio inferno.
A obra de Jesus, contudo, é vida para aqueles que estavam mortos nos seus delitos (Efésios 2: 1-5). Quem está morto não pode reagir… É preciso graça – o favor imerecido de Deus.
O resgate vem em forma de amor – e, na impossibilidade de quitar essa dívida, cabe a cada um dos regatados ter gratidão, que precisa ser percebida em uma vida piedosa de adoração e obediência ao Deus trino.