Por Joedson Telles
A política apronta das suas. Sempre. Ou melhor: proporciona que seus atores aprontem. Não é que o governador Jackson Barreto e o senador Antônio Carlos Valadares não apenas se cumprimentaram felizes da vida, como também conversaram e estiveram lado a lado, no último dia 29, durante a festa de Senhor dos Passos, em São Cristóvão? Universo recebeu fotos que comprovam a harmonia. Segundo a fonte que enviou as imagens, eles conversaram, aproximadamente, por quatro minutos. Não foi o chamado “pé de orelha” a subir a pressão dos abelhudos. Entretanto, houve a reaproximação. A questão é saber se pra valer ou se apenas o jogo político.
Há bem pouco tempo, seria uma cena de praxe. Um carinho entre aliados. No entanto, a relação dos dois líderes anda (andava?) meio áspera, depois que Valadares, nas eleições do ano passado, decidiu contrariar Jackson Barreto, optando pelo então presidenciável, o senador Aécio Neves (PSDB), aliado do prefeito João Alves (DEM) e do senador Eduardo Amorim (PSC). Depois disso, que provocou inúmeras declarações já conhecidas do internauta, Valadares, inclusive, mesmo sendo o presidente de honra do PSB, partido do vice-governador Belivaldo Chagas, não foi mais visto nos eventos do Governo do Estado.
Ao Universo, o deputado estadual Robson Viana (PMDB), mais que aliado, amigo de JB, chegou a externar, em novembro do ano passado, que a relação entre JB e Valadares estava abalada mesmo. As fotos que ilustram este texto, contudo, mostram o contrário. Ou, no mínimo, espelha que os interesses de Sergipe, e, óbvio, da própria política superam indiferenças – e empurram sapos goela abaixo.
“Eu estava lá também. É política. Jackson é um político experiente, Valadares também já se conhecem a muito tempo. Cada um tem um estilo. Um perfil. Tenho certeza que o melhor neste momento para a gente ter uma política tranquila é essa união. Essa harmonia. Cada um com seu caminho, com sua posição. Vamos trabalhar em harmonia para ver o que vai acontecer em 2016”, disse Robson Viana. Até lá também, o eleitor saberá se as arestas foram, de fato, aparadas, ou se, mais uma vez, o ritual político dita a regra das aparências.