Jackson e João: adversários sempre
Por Joedson Telles
Um delirante acordo entre o governador Jackson Barreto e o ex-prefeito João Alves Filho estaria sendo costurado para o ano de 2018, tendo como a “cereja a enfeitar o bolo” a senadora Maria do Carmo na chapa majoritária governista como candidata a vice. Eis o delírio que parece ter perpassado mesas de bares e outros cantos onde a política é sempre a pauta predileta para desembarcar em setores da mídia.
Nunca duvidei da vocação de grande parte do eleitorado para assumir o papel de bobão. De otário mesmo. Pessoas que apostam tudo em palavras bonitas, em promessas ocas e depois passam mais quatro anos resmungando da obra que ajudaram a colocar de pé. Mas, ainda assim, se o delírio Jackson aliado a João Alves, em 2018, for pra valer, não é possível que esta gama de eleitores respalde a falta de vergonha.
Recuso-me a detalhar os motivos que atestam que uma aliança desta beira a desfaçatez. A história fala por qualquer um. É implacável. Não subestimaria a capacidade de o internauta trazer à mente fatos e mais fatos a provarem a animosidade trivial. Ainda para o meio político, onde o vale tudo soa regra, Jackson e João Alves juntos é inconcebível.
A vergonha não existe na cara dos políticos? Principalmente na cara do eleitor, que sairia de casa para votar numa chapa formada por pessoas que não se gostam, que deixaram isso evidente a vida toda, mas que por interesses pessoais passariam por cima das próprias biografias, dos discursos e dariam os braços agora?
Prefiro nutrir o juízo que essa história toda não passa de delírio criado pelos peixes menores sem combinar com os tubarões. Um desatino alimentado por desavisados. Pode não parecer, mas os políticos também têm os seus limites. Sabem até que ponto o eleitor suporta a afronta à inteligência. E não seriam três atores experientes, com idades já avançadas, caminhando a passos largos para a aposentadoria, a destituir a lógica vigente.
P.S. Será que as gestões pífias de Jackson e João acabaram por unir os dois no mesmo drama e daí emerge a ideia? Não vejo outro ponto a convergir.
