Por Joedson Telles
Li em algum lugar que o governador Jackson Barreto esteve com o governador de Alagoas, Renan Filho, tratando da construção de uma ponte ligado os municípios de Neópolis e Penedo. Com recursos do Governo Federal, a obra seria (será?) executada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Ironicamente, o mesmo órgão que tem questionada uma emenda de R$ 100 milhões destinada pela bancada sergipana.
Ainda no encontro que teve com Renan Filho, Jackson também teria dado a ideia de edificar uma segunda ponte – esta ligando os municípios de Brejo Grande e Piaçabuçu. Se saírem mesmo do papel, as duas pontes não deixarão jamais de serem obras importantes para Sergipe e Alagoas.
Jackson Barreto acerta, portanto. No entanto, o governador de Sergipe acertaria muito mais se priorizasse o contato para aprender um pouquinho com o governador de Alagoas como aliviar o bolso do contribuinte e adotar outras medidas benéficas ao coletivo. Como administrar em tempo de crise.
Mas isso, evidentemente, exige o pré-requisito da humildade. E exige também a coragem de tomar decisões que contrariam. Administrar é também adotar caminhos que desagradam pessoas bem próximas em favor de muito mais pessoas que “estão distantes”. Tem que haver esta empatia seguida do desprendimento.
E será que o governador de Sergipe está disposto a pagar o preço? Tenho cá minhas dúvidas. A anunciada reforma que Jackson promete fazer no seu secretariado antes do Natal, contudo, nos dará uma dica do que podemos esperar para estes dois últimos anos de governo.