Por Joedson Telles
Seria de um açodamento imponderado, de uma maldade sem limites antecipar uma possível condenação do pré-candidato Valmir de Francisquinho, “tirando-o do páreo” sem uma posição oficial do Tribunal Superior Eleitoral.
A tática pode até fazer parte do jogo político e, assim, ser usada por adversários do ex-prefeito de Itabaiana, sobretudo nas redes sociais. Todavia, não deve – ou pelo menos não deveria – ter a chancela da imprensa.
Por outro lado, entretanto, a própria dinâmica da política praticamente obriga ao jornalismo político antecipar, com zelo e devidas ressalvas, para não prejudicar Valmir, um possível cenário sem ele.
Perceba, internauta, que teria um quadro muito diferente não apenas do atual, mas também daquele momento em que Valmir não havia ainda anunciado a pré-candidatura.
Começa pela fato de Valmir, no possível cenário, ter sido impedido de entrar na disputa. Algo que, aos olhos da sociedade, seria bem diferente dele não querer disputar a eleição. De correr, digamos. Isso acontecendo, Valmir teria o discurso de “vítima”, sobretudo com setores da imprensa bancando que adversários “movem os pauzinhos” para quebra-lhe as pernas.
Outro detalhe: digo, algumas indagações: um Valmir bem nas pesquisas, mas inelegível se conformaria em voltar – calado e tranquilo – para Itabaiana e esperar o tempo passar numa rede em local ventilado, apostando em futuras eleições? Seria este o perfil de Valmir? Ou faria sua escolha e gastaria sola de sapato como se fosse ele o candidato? “Valmir a vingança”? Qual o palanque?
Antes da resposta óbvia, registro em tempo que, mesmo que Valmir se recolhesse, aliados (e até não aliados, arrisco) não lhe permitiriam a paz. O assédio pelo apoio seria gigantesco. E não estariam errados. Exceto Luciano Bispo, qual o político se permitiria ao luxo de descartar ao menos a esperança de ter Valmir no palanque, nesta eleição? Podemos dizer – e até dizemos – tudo sobre os políticos; menos que são tolos.
